Os hoquistas portugueses Luís Viana, Diogo Rafael e Walter Neves chegaram hoje ao aeroporto de Lisboa provenientes do Mundial de San Juan na Argentina com queixas da dupla de arbitragem que afastou Portugal da final frente à Espanha.

«Estamos tristes, mas de consciência tranquila e seguros de que demos o nosso melhor. Dignificámos a camisola de Portugal e foi pena que não nos tenham deixado ir mais longe. Aquela equipa de arbitragem da meia-final brincou com o nosso trabalho», desabafou à Agência Lusa o benfiquista Luís Viana à chegada à Portela, onde não esteve presente qualquer elemento da Federação de Patinagem, mas apenas alguns familiares dos jogadores.

O selecionador nacional Rui Neto e os restantes jogadores do norte do país seguiram viagem para o Porto.

Outro benfiquista, o jovem Diogo Rafael, afinou pelo mesmo diapasão, desejando que no futuro não se volte a repetir o que se passou na meia-final: «Não fosse a arbitragem e estaríamos na final a discutir o título com a Espanha e aí poder-se-ia dizer se tinham sido melhores do que nós. Uma coisa é certa: continuamos a trabalhar para destronar os espanhóis, quem sabe já no próximo Europeu em 2012».

Quanto à sua estreia no campeonatodo Mundo, onde foi um dos melhores marcadores da seleção nacional com sete golos, desvalorizou o «bom mundial» que fez e «os golos que marcou» em função de Portugal não ter alcançado o «objetivo mais importante a nível coletivo, o título».

Finalmente, Valter Neves, também do Benfica, regressou certo de que a seleção «dignificou o hóquei português» e realçou o facto de Portugal ter sido a equipa que «mais golos marcou» na prova.

Também ele não poupou a equipa de arbitragem que «condicionou» a seleção portuguesa com decisões que «favoreceram a Argentina», mas considerou que Portugal tem vindo «a crescer de ano para ano» e que, «seguindo este rumo, voltará a ser campeão do Mundo a curto prazo».