Os primeiros veleiros da Ocean Race são esperados no Mindelo, Cabo Verde, entre sexta-feira e sábado, além de 7.000 visitantes, anunciou hoje a organização, que vai condicionar a navegação na área para evitar incidentes.

“O Instituto Marítimo Portuário [IMP] emitiu há momentos um edital aos navegadores que no fundo criou uma zona de navegação condicionada na zona onde iremos fazer as regatas, que no fundo é entre o Porto Grande e o Ilhéu dos Pássaros. É uma zona onde faremos a supervisão com as entidades marítimas, tentar que barcos não identificados e que não tenham nada a ver com a regata não permaneçam nesta zona para que não existam eventuais incidentes”, disse Bruno Santos.

O diretor da operação do mar da Ocean Race, que falava em conferência de imprensa no Mindelo, para apresentar o programa da etapa em Cabo Verde, de 20 a 25 de janeiro, da maior e mais antiga regata do mundo, garantiu que várias entidades estão envolvidas na segurança marítima do evento, até por ser aquela baía, na ilha de São Vicente, a mais movimentada do arquipélago na navegação marítima.

“Uma das nossas principais preocupações, falando do mar, é a segurança e estamos a trabalhar com todas as autoridades marítimas locais, como a Guarda Costeira, a Polícia Marítima, o IMP, o Ministério do Mar e mais todas as forças vivas de segurança. Estamos a preparar um grande plano de segurança no mar com os barcos todos que vierem de entidades marítimas. Temos um efetivo enorme que nos irá ajudar a manter toda a segurança do evento”, acrescentou Bruno Santos.

A 14.ª edição da Ocean Race partiu em 15 de janeiro de Alicante, Espanha, rumo a Cabo Verde, com uma equipa 100% portuguesa, a bordo do VO65 “Racing for the Planet”, a competir na Ocean Race Sprint Cup, disputada por seis veleiros.

A celebrar os 50 anos desde o nascimento em 1973, a Ocean Race mudou este ano de formato e colocará duas classes em competição na mais difícil prova de circum-navegação à vela por equipas.

A primeira etapa, de 1.900 milhas náuticas (3.520 quilómetros) termina na baía do Mindelo e a segunda, com destino à Cidade do Cabo, África do Sul, deverá iniciar-se em 25 de janeiro, depois da paragem de cinco dias em São Vicente.

Bruno Santos precisou que o primeiro veleiro é esperado no Mindelo na noite de sexta-feira e o último no sábado à tarde, dependendo das condições meteorológicas, nomeadamente do vento.

O responsável avançou que a organização espera mais de 7.000 visitantes no Mindelo durante os cinco dias da etapa e o grande envolvimento de crianças cabo-verdianas, nomeadamente atividades paralelas com a participação prevista de 1.100 alunos no programa “Learning”, provenientes de escolas das ilhas de São Vicente e de Santo Antão.

O Governo cabo-verdiano instalou a Ocean Race Village junto à baía do Mindelo, incluindo instalações para atracagem e acolhimento da Ocean Race durante cinco dias, até 25 de janeiro. O evento envolve ainda artesãos, restaurantes, assim como aspetos culturais, como o Carnaval e uma conferência programada para segunda-feira, com a presença no Mindelo do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

Na prova, os IMOCA 60 vão dar a volta ao mundo, cumprindo sete ‘legs’, enquanto os VO65 vão fazer três etapas, a primeira entre Alicante e o Mindelo, ilha de São Vicente, em Cabo Verde, a penúltima que ligará Aarhaus (Dinamarca) a Haia (Países Baixos) e a última entre Haia e Génova (Itália).

A tripulação portuguesa, a Mirpuri Foundation Racing Team, é liderada pelo ‘skipper’ António Fontes e constituída por Bernardo Freitas, Frederico Melo, Mariana Lobato, estes três membros da tripulação vencedora da Ocean Race Europe em 2021, Diogo Cayolla, Hugo Rocha, Matilde Pinho de Melo, Francisco Cai-Água, Francisco Maia e Francisca Pinho.

Além do VO65 “Racing for the Planet” da Mirpuri, embarcação que venceu a última edição da então Volvo Ocean Race 2017/18 ao serviço da Dongfeng Race Team, participam na Ocean Race Sprint Cup a “Team JAJO”, “Viva México”, “Ambersail 2”, “WindWhisper Racing Team” e a “Austrian Ocean Racing” by Team Génova.

A regata à volta do mundo é disputada, por sua vez, por cinco IMOCA 60, o “11th Hour Racing Team”, “Guyot environnement – Team Europe”, “Team Holcim – PRB”, “Team Malizia” e o “Biotherm”, que a partir de Itajaí, no Brasil, vai contar com a experiência a bordo da velejadora olímpica Mariana Lobato.

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