O presidente da Federação Portuguesa de Canoagem (FPC), Vítor Félix, realçou hoje o desempenho "épico" de José Ramalho no Mundial de maratona, com o sexto lugar após problemas com o caiaque na Vila do Prado.
"Foi uma prova épica, claramente. Estávamos a fazer apostas se ele conseguiria recuperar ou não. Eu dizia que, depois de o ver ser campeão europeu há dois meses, um dia depois de ter uma gastroenterite, acreditava que podia chegar ao grupo da frente", contou o dirigente.
José Ramalho, seis vezes campeão da Europa e vice-campeão do mundo em 2012, era dos principais favoritos ao ouro, mas um rombo no casco na primeira volta arruinou-lhe a prova, obrigando-o a duas paragens e a perder cerca de dois minutos, uns 500 metros.
De 27.º e com os rivais a desaparecer no horizonte, Ramalho, que já conquistou a medalha de bronze em Mundiais em 2009, 2014 e 2016, terminou em sexto, sendo que ainda se juntou ao grupo da frente a volta e meia do fim, mas já não teve energia para os ataques rivais.
"Pagou caro o esforço e não conseguiu lutar pelas medalhas. Mas não podia estar mais orgulhoso do seu desempenho", completou o dirigente.
Vítor Félix assegurou que Ramalho "foi o mais forte em pista" e disse acreditar que, se não fosse a questão da embarcação, poderia a estar a celebrar inédito título mundial, que agora perseguirá em 2019, na China.
"Vamos ter de adiar o sonho mais um ano, para a China. Atingir esse título inédito que ele mais do que ninguém merecia", disse o líder federativo.
O dirigente manifestou-se ainda "muito orgulhoso" com a organização portuguesa de dois campeonatos do mundo no espaço de duas semanas, bem como com os milhares de espetadores que compareceram na Vila de Prado e em Montemor-o-Velho, além dos três títulos mundiais, dois de Fernando Pimenta, em K1 1.000 e 5,000 metros, e o de Sérgio Maciel em C1 sub-23, na sexta-feira.
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