A Cimeira Olímpica acordou a manutenção das sanções à Rússia e Bielorrússia, mas informou hoje que vai considerar a proposta do Conselho Olímpico da Ásia de permitir a participação de atletas daqueles países nas competições por si organizadas.

Encabeçada pelo presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, a 11.ª Cimeira Olímpica, realizada na cidade suíça de Lausana, confirmou os pressupostos enunciados na quarta-feira pelo dirigente alemão, que pretendia “explorar vias” para promover o regresso dos atletas russos e bielorrussos às provas internacionais.

“Esta iniciativa será discutida durante a próxima ronda de consultas efetuadas pelo COI, que reunirá membros do COI, representantes dos atletas, federações internacionais e comités olímpicos nacionais”, informou o organismo de cúpula olímpico, em comunicado.

A aceitação da proposta do organismo continental asiático permitirá respeitar as sanções impostas àqueles países, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, e, simultaneamente, não prejudicar os atletas, assegurando as condições de segurança necessárias à sua participação.

O COI reconheceu que a questão gerou um intenso debate, reafirmando a posição expressa ao longo dos últimos meses, segundo a qual a exclusão dos atletas não faz parte do pacote de sanções, mas foi aprovada apenas como forma de os proteger, contra a vontade do organismo.

O presidente do Conselho Olímpico da Ásia, o indiano Randhir Singh, afirmou que naquele continente as medidas de proteção, com vista a salvaguardar a integridade dos desportistas e das competições, já não são necessárias, oferecendo-se para aceitar a participação dos atletas russos e bielorrussos.

Os representantes os organismos internacionais presentes na cimeira acolheram favoravelmente a proposta de Randhir Singh, manifestando a intenção de acompanhar a iniciativa asiática, apesar de atribuírem a cada federação a responsabilidade de decidir se as condições de segurança se justificam.

Thomas Bach já tinha aberto a porta à reintegração parcial dos atletas russos e bielorrussos, ao advertir que “não podem ser castigados pelo que fazem os governos dos seus países” e que o COI estava disposto a iniciar uma “missão unificadora” nesse sentido.

Relativamente às sanções impostas à Rússia e Bielorrússia, o organismo olímpico reiterou que se “mantêm firmemente em vigor”, solidarizando-se com os atletas ucranianos e manifestando apoio com vista à apresentação de “equipas fortes” nos Jogos de verão, em Paris, em 2024, e de inverno, em Milão e Cortina, em 2026.

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