O Comité Paralímpico de Portugal (CPP) comemora hoje nove anos, empenhado em continuar a ser um meio de afirmação do desporto adaptado e em conseguir a equiparação dos valores de preparação dos atletas paralímpicos à dos olímpicos.
“Queremos continuar o trabalho de afirmação de todo este projeto paralímpico e acreditamos que este ciclo Tóquio2020 possa ficar marcado pela equiparação dos valores da preparação e das bolsas dos atletas paralímpicos às recebidas pelos olímpicos”, disse o presidente do CPP à agência Lusa.
Segundo José Lourenço, essa aspiração “está contemplada na proposta do contrato-programa que apresentamos à administração pública”, que no caso dos paralímpicos é dividida entre as secretarias de Estado da Juventude e Desporto e da Inclusão das pessoas com deficiência.
José Lourenço, que em março sucedeu a Humberto Santos na liderança do CPP, assegurou que, além da preparação dos Jogos Paralímpicos Tóquio2020 e dos Surdolímpicos2021, o organismo pensa já no ciclo paralímpico Paris2024.
“É preciso preparar a missão Tóquio2020, mas é preciso começar também a pensar em Paris2024, sobretudo na captação de novos talentos”, disse.
José Lourenço considerou que a integração do desporto adaptado nas federações de modalidade “é um processo que está a correr bem, mas que ainda não está concluído”.
“É importante que haja uma articulação do trabalho entre as federações e as associações nacionais de deficiência, que são quem melhor conhece o ‘território’” explicou.
Criado em setembro de 2008, o CPP é membro do Comité Paralímpico Internacional (IPC), e foi o responsável pela gestão dos projetos paralímpicos Londres2012 e Rio2016.
O contrato-programa de preparação para os Jogos Rio2016, celebrado entre o Comité Paralímpico de Portugal e o Governo, teve um valor global de 3,8 milhões de euros, verba que superou em cerca de 1,5 milhões de euros o de Londres2012.
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