O presidente da Federação de Triatlo de Portugal disse hoje que mais importante que debater o adiamento dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 é “resolver rapidamente o problema” da pandemia da Covid-19 para que a prova ainda se realize este ano.
“Neste momento temos que nos preocupar com as questões de saúde e depois perspetivar se os Jogos Olímpicos no Japão são ainda este ano ou não”, vincou Vasco Rodrigues.
O responsável pela Federação de Triatlo de Portugal explicou que se tem “mantido em silêncio” por ser necessário “toda a gente se centrar em resolver esta questão [da pandemia da Covid-19]”.
“Se tivermos todos preocupados em resolver o problema, talvez ele se resolva rapidamente e a tempo de ainda podermos organizar os Jogos Olímpicos”, atirou.
Reconhecendo a importância dos atuais constrangimentos e incertezas para as federações envolvidas nos Jogos Olímpicos, como a de triatlo, o responsável sublinhou que o mais importante “hoje em dia é a saúde das pessoas, estar em casa e resolver o problema”.
Vasco Rodrigues explicou ainda que foram encontradas “soluções para cada um dos atletas do projeto olímpico” depois de “garantido o seu isolamento”.
“Treinarem todos juntos seria prejudicial e a maior parte deles está a treinar junto das suas casas e com soluções específicas só para eles, como instalações que só eles têm acesso”, sublinhou.
O apoio de vários parceiros, como associações ou freguesias, tem permitido ajudar e garantir que os triatletas mantêm os índices de treino dentro dos registos mínimos para manterem a perspetiva de Jogos Olímpicos em agosto, acrescentou.
Já o apuramento dos atletas é um “problema sério”, numa fase em que há três atletas qualificados.
“Temos como objetivo ter a estafeta mista em Tóquio e isso depende de um evento que supostamente se realiza em Valência em 01 de maio, e que ainda não foi cancelado, mas não sabemos se irá realizar-se”, lembrou.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral de Saúde.
Dos infetados, 201 estão internados, 47 dos quais em unidades de cuidados intensivos.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.
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