Os ataques sofridos pela Agência Mundial Antidopagem (AMA) pela reintegração da Rússia, que tinha sido punida pela participação num esquema de doping institucional, visam "enfraquecer" a instituição, disse hoje o diretor-geral da AMA, o suíço Olivier Niggli.
"Eles discutem o processo democrático, porque não conseguiram a decisão que queriam, segundo um procedimento que apoiaram completamente", informou o diretor-geral da AMA à AFP.
A AMA levantou a suspensão da Agência Anti-Doping Russa (Rusada) em 20 de setembro, impondo duas condições: acesso ao banco de dados eletrónico do laboratório de Moscovo até ao final do ano e a reconsideração das amostras exigidas antes de 30 de junho de 2019.
"Foi um processo democrático, onde houveram recomendações de uma comissão independente, chefiada por um advogado britânico”, justificou.
Esta decisão da AMA foi fortemente criticada pelas agências nacionais antidoping, atletas e até pela vice-presidente da organização, a norueguesa Linda Helleland, que falou de "uma sombra sobre a credibilidade do movimento antidoping".
"Aqueles que criticam nada fizeram para resolver esta crise e nós tivemos que suportar o impacto. Isto enfraquece a AMA e todo o sistema e com que resultado", questionou.
A Rusada terá de fornecer os documentos necessários à AMA até 31 de dezembro deste ano para o levantamento da suspensão definitiva.
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