O sonho de ser campeão olímpico continua vivo no experiente canoísta Emanuel Silva, que já conquistou uma medalha de prata e, aos 35 anos, promete lutar pelo ouro nos seus quintos Jogos, em Tóquio2020 em K4 500 metros.

“Sempre tive dois objetivos, o de ser o atleta da canoagem com mais participações olímpicas e ser campeão olímpico. Sonho com isso. Sonho em conquistar esses resultados, por isso, estamos a caminho dos quintos Jogos Olímpicos”, vincou o atleta, medalha de prata em Londres2012 em K2 1.000, com Fernando Pimenta.

Em declarações à Lusa, Emanuel Silva defendeu que a sua longevidade ao mais alto nível é “sinal de muita vontade, muita ambição, muita dedicação, resiliência e vontade de vencer”.

“Acho que todos esses adjetivos podem definir esta minha quinta participação olímpica. Nunca me senti satisfeito com os resultados que obtive”, frisou o canoísta, que, aos 18 anos, surpreendeu com o sétimo lugar na final de K1 1.000 de Atenas2004.

No Japão fará equipa com João Ribeiro, com quem já foi campeão da Europa e do mundo em diferentes tripulações, e com os estreantes David Varela e Messias Baptista, num quarteto confiante em conquistar um dos resultados de maior revelo para Portugal.

“Acreditamos nisso. Acordamos a pensar em medalha olímpica, alimentamo-nos, treinamos, suplementamo-nos e deitamo-nos a pensar em medalha olímpica. O nosso foco está todo virado para aí e ninguém o vai mudar. Está muito bem direcionado. E com uma mensagem clara: não vamos para participar, mas para competir ao mais alto nível”, prometeu.

Emanuel Silva está determinado em fazer dos portugueses um povo “orgulhoso” no desempenho da equipa, com a certeza de que “nada ficou por dar” no campo de regatas olímpico.

A motivação e sucesso atribui-os a um vasto grupo de trabalho – ao treinador Rui Fernandes, aos colegas de equipa, à federação e à família -, pois todos pagaiam para o mesmo lado.

“Se quero ser campeão olímpico, o meu objetivo é o deles. Quando assim é, tudo se torna mais fácil. Há sempre condicionantes para conquistar esses resultados, alguns sacrifícios como a ausência de casa, mas no fim a recompensa pela participação olímpica e o bom resultado, que é quando dou o meu melhor. Estou sempre de consciência tranquila”, frisou.

A David Varela e Messias Baptista entusiasma-os com a certeza de que Tóquio2020 vai ser uma experiência “espetacular, de outro mundo”, transmitindo-lhes a confiança de que a equipa “vai fazer algo bonito”.

“Só temos de acreditar uns nos outros, manter-nos unidos e de certeza que os bons resultados vão surgir. Mensagem de otimismo deve estar sempre no nosso grupo, só assim temos chegado longe”, reforçou.

Fazer mais um ciclo olímpico, até Paris2024, não é cenário a descartar, será assunto em que “os prós e os contras em continuar na alta competição serão analisados em jantar de família”.

Em Szeged, o K4 500 regressa, finalmente, à competição internacional no mesmo palco do Mundial de 2019, no qual garantiu o apuramento para Tóquio2020, na Taça do Mundo que começa hoje e na qual vão aferir a sua forma e a dos rivais.

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