Apesar da sua verdadeira data de origem ser largamente debatida, a bicicleta apresenta uma história e percurso centenários. O seu design e funcionamento simples permitiu-lhe, não só ultrapassar todos os desafios que enfrentou, como também soube modificar-se e adaptar-se ao avançar dos anos e à consequente evolução tecnológica, para se tornar um dos objetos obrigatórios para os amantes de desporto e da natureza.

Antes de tudo isso, e anterior ao nascimento e desenvolvimento do automóvel, a bicicleta cedo ganhou um papel preponderante no aumento da mobilidade das populações, acelerando assim o desenvolvimento das sociedades através de uma mais rápida movimentação, não só de pessoas, como também de produtos, serviços, informação e ideias.

O exponencial crescimento populacional do planeta, em conjunto com as evoluções sociais e tecnológicas levaram, entre outros aspetos, a um aumento exponencial da poluição atmosférica, algo onde o fator da mobilidade tem a sua dose considerável de responsabilidade. Automóveis, aviões e outros meios de transporte movidos a motores de combustão fóssil são os principais meios com os quais os seres humanos se movem, especialmente nos centros urbanos.

Em resposta a este cenário, e como forma de travar o crescimento da circulação automóvel nas grandes cidades, a bicicleta tem sido um dos principais veículos utilizados para permitir ao Homem evitar engarrafamentos e emissão de gases com efeitos de estufa. Para acomodar esta escolha, é visível o aumento do número de ciclovias nos grandes centros urbanos. Um estudo feito pelo Instituto de Saúde Global de Barcelona aponta a que o aumento destas ciclovias poderá salvar cerca de 10.000 pessoas no continente europeu.

Perante este novo paradigma, a bicicleta é hoje um instrumento incontornável para quem queira viver num centro urbano, possibilitando uma deslocação mais célere e eficaz, ao mesmo tempo que promove um nível de atividade física dificilmente alcançável por outro meio. A juntar à vertente ecológica e física, a utilização da bicicleta incorrerá, em teoria, custos de aquisição e manutenção mais reduzidos, isto em comparação com outros meios de transporte.

Contudo, a mera bicicleta clássica não é suficiente para responder às necessidades cada vez mais específicas do mercado. Aproveitando o desenvolvimento tecnológico disponível, a bicicleta adaptou o motor elétrico ao seu funcionamento, potenciando assim a mobilidade dos seus utilizadores, especialmente em cidades mais acidentadas como é o caso de Lisboa, onde a bicicleta elétrica é uma ajuda preciosa.

E quem optar pela bicicleta para explorar as cidades pode começar por utilizar aquelas que a grande maioria dos municípios disponibilizam para uso público, e que se podem encontrar um pouco por todo o lado. Através do telemóvel, é possível alugar uma destas bicicletas e explorar as grandes cidades através das ciclovias disponíveis, entregando-a num dos vários pontos de entrega quando terminar.

Os ciclistas mais experientes poderão fazer-se valer da sua destreza e habilidade para encontrar caminhos mais recônditos e dificilmente acessíveis através de outro meio de transporte. Dependente do tipo de bicicleta que tenha ao dispor, e também do tipo de ambiente preferível, é possível explorar, tanto os meios urbanos, como a natureza que geralmente os rodeia. Seja qual for o espírito da viagem, a bicicleta não tem rival quando se quer combinar aventura com saúde e sustentabilidade.

E quando o tempo para aventuras exteriores é escasso, há sempre a possibilidade de recriar o gosto pelas corridas em cenários de interior, com uma bicicleta estática , aliada do fitness e bem estar, para um treino completo e sem limitações.