A Federação Equestre Portuguesa (FEP) divulgou hoje o ‘Programa de Alto Rendimento 2021’, que quer criar bases de futuro para aumentar a visibilidade dos atletas e incrementar o sucesso desportivo na modalidade.
“Este projeto de alto rendimento vai ao encontro das pretensões e expectativas dos atletas, treinadores e proprietários, e vai construir bases de futuro, para aumentar a visibilidade dos nossos atletas e incrementar o sucesso desportivo”, destacou o presidente da FEP, Bruno Rente, durante a apresentação que decorreu através da plataforma ‘Zoom’.
Bruno Rente salientou que o objetivo é “reincidir nos sucessos desportivos”, mas também “criar bases para que estes não aconteçam apenas esporadicamente”.
O presidente da FEP destacou ainda o atual momento da modalidade, que tem uma equipa de dressage, um atleta individual de saltos de obstáculos e um atleta individual paraolímpico apurados para os Jogos Olímpicos de Tóquio2020, adiados para 2021 devido à pandemia de covid-19.
Com a competição olímpica no horizonte, o vice-presidente da dressage da FEP, Luís Faísca, lembrou que é necessário ter “os pés assentes na terra” e recusou colocar como meta aspirações a medalhas.
“Ainda é cedo para isso, mas queremos ter uma boa participação. Essencialmente, os próprios atletas, com as suas marcas, tentarão exceder-se e podem estar reunidas as condições para isso”, garantiu.
A federação apresentou hoje o programa de alto rendimento especificamente para a disciplina da dressage, que, segundo Luís Faísca, pretende “criar uma estrutura profissional, competente e transparente, que se constitua uma mais-valia para as seleções”.
“Pretendemos identificar os conjuntos com talento e capacidade para competir internacionalmente e representar o país para trazer os melhores resultados possíveis. O programa é destinado a todos os escalões, desde ‘pony rider’ até seniores, e serão criadas duas equipas por cada escalão”, concretizou.
O acompanhamento das equipas será feito pelo selecionador, que terá a responsabilidade de seguir a performance dos atletas, pelo treinador nacional, que fará a ligação com o treinador de cada atleta, e pelo médico-veterinário da federação, que, em sintonia com o veterinário de cada atleta, acompanhará a performance de cada cavalo.
Luís Faísca acrescentou que, apesar “do esforço suplementar” devido às quebras de financiamento, a FEP quer manter os apoios existentes.
A equipa de responsáveis será constituída pelo selecionador nacional Luís Faísca, pelo médico João Paulo Almeida, pelo médico veterinário Luís Lamas, pela treinadora nacional (seniores) Kyra Kyrklund, pelo treinador nacional (escalão sub-25 e ‘young riders’) Raphael Saleh e pelo treinador nacional (de juniores a ‘pony riders’) Filipe Pinto.
Sobre a contratação da finlandesa Kyra Kyrklund, antiga atleta olímpica, Luís Faísca vincou que esta “conhece muito bem Portugal, os cavaleiros portugueses e o cavalo lusitano”, considerando uma “mais-valia importantíssima”.
Com a treinadora a viver atualmente no Reino Unido, o responsável da FEP garantiu ainda que, caso aconteçam complicações com as viagens da técnica para as concentrações em Portugal, cujas datas serão divulgadas em breve, está a ser preparado um sistema para a comunicação entre Kyra Kyrklund e os atletas à distância.
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