Os Mundiais de juniores e sub-23 em Montemor-o-Velho foram um “enorme sucesso”, considerou hoje o presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, Vítor Félix, que destacou o “desafio” de organizar o evento em tempos de pandemia de covid-19.

“Quem tem a responsabilidade de um evento destes tem dois objetivos, o organizativo e o desportivo. O feedback que recebemos dos países participantes, dos atletas, da federação internacional [ICF] é que, mais uma vez, Montemor-o-Velho esteve a excelente nível. Foi mais um enorme sucesso”, regozijou-se.

Em declarações à Lusa, o dirigente destacou igualmente a parte desportiva, considerando que os resultados obtidos “dão a garantia do sucesso da renovação da modalidade”.

“Tivemos duas medalhas, incluindo um campeão do mundo, ambas em distâncias olímpicas e na categoria júnior. E 24 finais. A bitola estava nos Europeus, com uma medalha e oito finais. Duplicámos o número de pódios e triplicámos o de finais”, congratulou-se.

No domingo, Pedro Casinha sagrou-se campeão do mundo júnior em K1 200 metros, enquanto no sábado Beatriz Fernandes tinha conquistado a medalha de prata em C1 500, no mesmo escalão.

“Estamos muito orgulhosos do trabalho feito na formação, feito sobretudo pelos clubes”, elogiou.

Vítor Félix admitiu ainda que “não é fácil organizar um evento em contexto pandémico”, contudo garantiu que a federação e os seus parceiros “estiveram à altura”.

“Juntamente com a Universidade de Coimbra, montámos um protocolo covid-19 que respondeu aos parâmetros da ICF e da Direção-Geral da Saúde. Tivemos custos adicionais, mas foi um sucesso numa organização com cerca de 1.000 atletas - com treinadores e ‘staff’ cerca de 1.300 elementos - de 56 países. Estamos todos de parabéns”, concluiu.

A equipa organizativa foi composta por cerca de 150 elementos, grande parte dos quais voluntários.