O presidente da Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDIP), Pedro Flávio, manifestou-se hoje satisfeito com os resultados no Campeonato do Mundo de esqui nórdico dos dois portugueses no sprint clássico, disciplina que não costumam treinar.

Pedro Flávio salientou ainda as quedas dadas pelos dois esquiadores lusos, que prejudicaram a classificação final, embora tenha destacado a melhoria dos resultados em relação a Oberstdorf2021.

“Eles são atletas mais vocacionados para as distâncias e com menos experiência no sprint, que não é o que costumam treinar, por isso saíram com dorsais elevados”, salientou hoje, em declarações à agência Lusa, o presidente da federação.

Pedro Flávio disse estar “satisfeito com a prestação de José Cabeça e de Filipe Cabrita, que terminaram, respetivamente, no 117.º e 130.º lugares, entre 139 atletas em prova.

“A prestação é positiva, pela melhoria em relação aos resultados anteriores. É claro que há um caminho a percorrer para conseguir resultados de maior relevo. Estamos a trabalhar para, no futuro, termos melhores resultados”, sublinhou o dirigente, em declarações à agência Lusa.

José Cabeça, 26 anos, natural de Évora, o melhor português em prova, ao terminar em 117.º lugar, 34 lugares acima em comparação com o último Mundial, mencionou as “condições muito complicadas, a neve muito mole” e a queda que “tirou qualquer hipótese de um melhor resultado”, mas mostrou-se satisfeito com a evolução “nos aspetos técnicos”.

“O sprint não é a minha prova, mas ambiciono fazer melhor”, enfatizou, em declarações à Lusa.

Filipe Cabrita, algarvio de 43 anos, 130.º classificado, uma melhoria na classificação de 18 lugares comparativamente à classificação conseguida na Alemanha, frisou estar satisfeito com a prestação, apesar de uma queda que o impediu de chegar mais à frente.

“As condições não eram as ideais, a neve estava muito pisada, muito solta e, assim, torna-se difícil, mas estou satisfeito”, comentou.

 A qualificação do sprint 1,5 km clássico masculino foi dominada pela Noruega, a ocupar os três primeiros lugares, com Erik Valves na frente (2.55,50), o campeão do mundo Johannes Klaebo em segundo e Paal Goldberg em terceiro.

A final, para a qual se qualificaram os 30 atletas mais rápidos, não contará com a participação de nenhum português.

Os atletas lusos voltam a entrar em ação no domingo, no sprint clássico por equipas, uma novidade para a comitiva portuguesa.

“É a primeira vez que vamos participar numa prova por equipas, não podemos aspirar a resultados”, antevê o presidente da FDIP, Pedro Flávio.

O Campeonato do Mundo de esqui nórdico decorre até 05 de março em Planica, na Eslovénia, onde competem os dois esquiadores portugueses.