O canoísta Fernando Pimenta, que hoje se sagrou vice-campeão da Europa em K1 1.000, assumiu que tem ainda “aspetos a melhorar” e promete “trabalhar” para que o seu sonho do ouro olímpico seja concretizado em Tóquio2020.
“Sem dúvida que foi uma luta interessante, principalmente entre mim e o húngaro. Demos um bom espetáculo, um ‘mano a mano’ bem renhido. Dei o meu melhor, mas senti que há aspetos a melhorar e isso é bom. Faltam dois meses para a grande competição da época. Agora é focar no trabalho, cabeça erguida. Continuar a trabalhar e a acreditar que tudo é possível em Tóquio”, vincou à Lusa.
Na pista quatro, ao lado do jovem Balint Kopasz, um dos seus maiores rivais às medalhas nos Jogos Olímpicos, o limiano de 31 anos concluiu a regata em 3.42,667 minutos, a 1,435 segundos do magiar, com quem discutiu a liderança desde início.
“As medalhas internacionais são sempre mais fáceis de contar e todas têm muito significado. Esta é bastante importante para o medalheiro. Agora, é continuar a trabalhar focado, com o grande objetivo de chegar na minha melhor forma a Tóquio”, acrescentou o campeão da Europa em 2016, 2017 e 2018.
A estes europeus faltaram o jovem alemão Jacob Schopf e o experiente checo Josef Dostal, certamente entre os mais fortes na luta pelo pódio no Japão.
“O K1 1.000 habituou-nos a isso, com atletas ao mais alto nível, com os pódios sempre a mudar. Há duas semanas, o húngaro, em casa, ficou fora do pódio na Taça do Mundo, e agora venceu. O nível competitivo é muito alto. Todos querem estar na luta pelo pódio e há nível para isso. Só os mais fortes vão conseguir uma medalha em Tóquio”, sentenciou.
Pimenta dedicou a medalha à filha Margarida, que vai completar seis meses de vida, e ao colega Emanuel Silva, “que teve um problema de saúde e não conseguiu estar em competição, pelo que esperamos que volte em breve e ainda mais forte”.
Para a prova de K1 5.000 de domingo, quer “tentar fazer uma grande regata” através de uma competição “inteligente e a fugir das confusões” com outros atletas que já o prejudicaram no passado.
O vice-presidente da federação, Ricardo Machado, elogiou o 103.º pódio internacional de Pimenta, “um atleta de exceção que mostrou, mais uma vez, que está entre a elite mundial”.
“Obviamente, que ele nunca está satisfeito e gostava do ouro, como nós, mas vamos esperar que essa ambicionada medalha de ouro possa vir no principal objetivo da época que são os Jogos Olímpicos”, completou o dirigente, que destacou a terceira medalha lusa nestes Europeus, depois do K1 500 de João Ribeiro e do ouro na canoagem adaptada, por Norberto Mourão em VL2.
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