O canoísta Fernando Pimenta assumiu hoje que apenas conseguiu “desenrascar” o K4 500 metros que falhou a final dos Jogos Europeus, enquanto Teresa Portela está “expectante” quanto à valia do bem-sucedido K4 feminino na Polónia.

“Como sabem, a minha especialidade é os 1.000 metros. Temos pelo menos cinco, seis, sete atletas de grande valor nos 500 metros. Não é que não seja bom nos 500, mas no K4 senti-me a desenrascar, a tentar dar o meu melhor para motivar estes três atletas, algo bastante importante, pois tenho um palmarés que os pode ajudar nisso”, disse Pimenta.

Depois de falhar a final direta da prova que conta como campeonato da Europa, o K4 – desfalcado de João Ribeiro e Messias Baptista, finalistas no K2 500 - precisava ser terceiro na semifinal única, contudo, Fernando Pimenta, Emanuel Silva, David Varela e Kevin Santos foram sétimos, a cerca de um segundo e meio do objetivo.

“Acho que já fizemos muito para o que se estava à espera. Um barco preparado com quatro treinos para este nível altíssimo e em ano de apuramento olímpico… Devemos agradecer ao Pimenta ter-se juntado a nós. Estamos de consciência tranquila. Mostrámos nível e valor. Não foi suficiente. Acima de tudo, tivemos garra, vontade e resiliência. Acreditamos que, com mais treino e mais aposta, poderia ser um barco com mais sucesso”, acrescentou Emanuel Silva.

O quarteto feminino liderado por Francisca Laia foi mais consistente, uma vez que a equipa, que conta ainda com Joana Vasconcelos, Teresa Portela e Maria Rei, melhorou substancialmente da eliminatória para a meia-final, que venceu de forma convincente.

“Ganhámos a semifinal, mas já tinham passado seis. Vamos continuar a perceber o que podemos ainda melhorar - estes Jogos Europeus não deixam de ser um teste – para nos batermos na final. Pelas nossas contas devem apurar-se seis tripulações europeias para Paris2024, pelo que conseguir esse lugar aqui seria um bom indicador, mesmo faltando dois meses para o mundial”, disse Teresa Portela.

Joana Vasconcelos revelou que a equipa falou depois da prova menos conseguida na eliminatória, “corrigiu” o que era preciso e “correu bem”, pelo que na regata das medalhas só lhes resta “dar o melhor”.

Na C2 500 metros, Beatriz Fernandes diz que “foi muito bom” ter atingido a final através do segundo lugar nas ‘meias’, enquanto Inês Penetra diz que agora o objetivo é “melhorar o oitavo lugar do Europeu de 2022”, como motivação para a qualificação olímpica.