O Mundial de canoagem sub-23 e júnior, marcado para julho no Centro de Alto Rendimento (CAR) de Montemor-o-Velho, está em risco devido ao “enorme atraso” de um parecer da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), disse hoje à Lusa o presidente federativo.
“Se a construção da torre de chegada não começar este mês, não estará pronta a tempo do evento, de 15 a 18 de julho. Trata-se ‘apenas’ do maior evento internacional da nossa modalidade, que reúne dois escalões com 1.500 canoístas de 75 países”, explicou à Lusa o presidente da Federação Portuguesa de Canoagem (FPC), Vítor Félix.
Em causa está o “enorme atraso de um parecer” da APA, “sobre a eventual necessidade de um estudo de impacto ambiental para a construção daquela infraestrutura essencial ao CAR”.
“Este pedido foi efetuado há vários anos, em 2017, pela autarquia à APA e, passados quatro anos, ainda não obteve resposta”, lamentou .
Vítor Félix recordou que em 2018 a federação internacional “tolerou essa falha” na organização lusa, advertindo que não se irá repetir: “Já sabemos não irá acontecer desta vez”.
“O financiamento, que habitualmente é a parte mais difícil, está garantido”, revelou, com participações em percentagens proporcionais por parte das federações utilizadoras do complexo, instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), autarquia e Fundação do Desporto.
A FPC “foi quem mais investiu no CAR, com 150.000 euros numa barreira de vento” no complexo que tem garantido a manutenção através da autarquia.
“Se a APA continuar a falhar, ser-nos-á retirada a organização do Mundial, o que seria uma vergonha para Portugal que nos últimos anos se tem afirmado como uma marca de qualidade na organização de eventos internacionais”, vincou.
Se tal acontecer, Vítor Félix garante que serão “pedidas responsabilidades”.
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