Tom Brady reconheceu nesta quarta-feira que sofreu concussões (lesões na cabeça) durante a sua carreira de duas décadas no New England Patriots, mas sublinhou que isso não o impedirá de procurar o seu sétimo título na NFL (Liga de Futebol Americano).
Brady, de 42 anos, considerado o melhor quarterback da história do futebol americano, disse no programa de rádio 'The Howard Stern Show' que sofreu ferimentos graves na cabeça mas que não o levaram a pensar na retirada.
"Sim, tive uma concussão. Poderia apenas sentar aqui e parar de jogar futebol (americano) e preocupar-me com o que vai acontecer, isso ou aquilo, em vez de dizer: 'Por que não vivo a minha vida da maneira que quero e me divirto? Se queres parar, pare, vá em frente. Mas como sinto que ainda posso jogar, não significa que deva deixar de fazê-lo só porque é o que todos me dizem que devo fazer", sublinhou o jogador que acabou de deixar o Patriots e assinou por duas temporadas com o Tampa Bay Buccaneers.
A NFL aplicou regras mais rígidas na tentativa de proteger os jogadores de lesões na cabeça. Brady nunca foi oficialmente diagnosticado com uma concussão, mas a sua mulher, a modelo brasileira Gisele Bundchen, disse em maio de 2017 que ele tinha sofrido uma lesão cerebral.
Na entrevista, Brady disse que não tomou uma "decisão final" sobre a sua saída dos Patriots até o dia 16 de março, apesar de ter a ideia em mente muito antes.
"Eu diria que provavelmente sabia antes do início da última temporada que era meu último ano. Sabia que o nosso tempo estava a chegar ao fim."
Estava na hora de sair "e encontrar outra equipa", afirmou Brady, garantindo que não tinha ressentimento em relação ao seu treinador do Patriots, Bill Belichick, por não o manter na equipa depois de conquistarem seis campeonatos juntos.
"Acho que é alguém muito leal. Tantas suposições erradas foram feitas sobre o nosso relacionamento ou como ele se sentia em relação a mim... Eu sei como ele se sente em relação a mim", completou.
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