O oligarca russo Vladimir Lisin perdeu hoje para o italiano Luciano Rossi as eleições para presidente da Federação Internacional de Tiro (ISSF), sendo afastado por nove votos da reeleição para um segundo mandato.
A promessa do italiano é a de “relançar esta modalidade”, após críticas também ao funcionamento da ISSF, que durante 38 anos teve o mexicano Olegario Raña como líder e responsável por uma modalidade que foi olímpica em todas menos duas edições dos Jogos da era moderna.
Este processo eleitoral esteve envolto em polémica, com críticas de parte a parte e denúncias de ameaça do 'campo' de Rossi, que já em 2018 tinha perdido a presidência para o russo por quatro votos, tendo aí denunciado pressões e ameaças de morte.
Em julho, o atirador olímpico português João Costa criticou Lisin, em declarações à Lusa, bem como o secretário-geral da ISSF, Alexander Ratner, agora presidente da confederação europeia, por terem “ideias estranhas em relação ao tiro”.
Tanto Lisin como Ratner foram instados a abandonar os cargos em abril, devido à guerra na Ucrânia, embora nenhum esteja na lista de sanções aplicadas a oligarcas russos.
Ambos receberam cartas de mais de uma dezena de federações nacionais, visando sobretudo Lisin, de 65 anos, um magnata do metal, como presidente e acionista maioritário da Novolipetsk, uma das quatro maiores empresas do setor na Rússia, com uma fortuna estimada pela Forbes em 24,4 mil milhões de euros.
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