Nesta última madrugada, os Estados Unidos pararam - como já é habitual - para assistir ao grande evento desportivo do ano: O Super Bowl. Na 57ª edição de uma finalíssima que coroou os Kansas City Chiefs e ainda teve direito ao anúncio de uma gravidez, venha à boleia do SAPO Desporto para algumas curiosidades.

Mas afinal o que é o Super Bowl?

O Super Bowl é nada mais nada menos do que um dos eventos desportivos anuais mais aguardados nos Estados Unidos. Tal é a sua fama que ultrapassa as barreiras do desporto e consegue se tornar um evento com claras raízes culturais e que junta personalidades de diversas áreas, como a música, por exemplo.

Na verdade, há já um ritual naquele que é o grande palco do Futebol Americano. Nos EUA, o segundo domingo de fevereiro é sinónimo de Super Bowl, o jogo que decide o campeão da NFL, Liga de Futebol Americano dos Estados Unidos.

Coloca frente a frente os vencedores das duas conferências da Liga, a NFC (National Football Conference, que reúne as equipas do lado Oeste dos EUA) e a AFC (America Footbal Conference, que reúne as equipas de Este), e é o maior evento desportivo e de maior audiência televisiva do país. De referir ainda que é o que apresenta a publicidade mais cara da televisão mundial.

A edição deste ano foi realizada na Arizona que recebeu o Super Bowl pela quarta vez.

Na história, há dois dados que saltam à vista: Do que se sabe, a edição com maior público foi a 14ª, com cerca de 103 985 espetadores na Califórnia e com vitória dos Pittsburgh Steelers. Já o pontapé de arranque do Super Bowl foi em 1967 na Califórnia com triunfo dos Green Bay Packers.

As duas equipas com um maior palmarés (6 títulos) são o Pittsburgh Steelers e o New England Patriots.

Veja os melhores momentos do Super Bowl LVII

Edição 2022/23 coroou os Kansas City Chiefs

Em Glendale, no Arizona, disputava-se a 57ª edição do Super Bowl com vitória para os Kansas City Chiefs, a terceira conquista da história, depois de derrotarem os Philadelphia Eagles, por 38-35.

Os Chiefs, que estavam na final pela terceira vez nos últimos quatro anos, até chegaram ao intervalo a perder por 24-14, mas conseguiram dar a volta ao resultado, garantindo o triunfo com um pontapé de Harrison Butker a oito segundos do fim e graças a uma atuação antológica de Patrick Mahomes.

O quarterback jogou grande parte da partida limitado por uma lesão no tornozelo direito, mas liderou a remontada dos Chiefs no segundo tempo e foi considerado o MVP da partida.

Mahomes comandou os Chiefs a duas vitórias no Super Bowl nas últimas quatro temporadas e agora tem o mesmo número de troféus que lendas da NFL como John Elway e Peyton Manning.

Com apenas 27 anos, o quarterback natural do Texas é o nome mais bem posicionado para perseguir o recorde de sete títulos de Tom Brady, que anunciou a retirada este mês aos 45 anos.

"Eu disse a todos esta semana que não havia nada que me afastaria do campo", disse Mahomes, que já tinha jogado com uma entorse no tornozelo nas duas primeiras partidas dos playoffs.

O atleta acabou ainda com um maldição que marcava os vencedores do prémio de MVP da temporada, pois é o primeiro jogador desde 1999 a receber esta distinção e a vencer simultaneamente o Super Bowl.

Apesar dos números, Mahomes ainda não coloca os Chiefs como uma nova dinastia da NFL.

"Não vou falar de dinastia ainda porque não acabamos. Temos um longo caminho a percorrer para sermos chamados de dinastia, mas vamos continuar na luta. Temos muitos jovens nesta equipa", declarou.

O Philadelphia Eagles, melhor equipa da temporada regular, não conseguiu alcançar aquele que seria o segundo título da sua história depois de dominar o primeiro tempo, que acabou com vantagem de 24-14.

Durante três quartos do encontro, Jalen Hurts foi quem dominou o duelo histórico que protagonizou com Mahomes, a dupla mais jovem de quarterbacks a disputar um Super Bowl e a primeira com dois QBs negros.

Apesar da derrota para Mahomes, Hurts teve uma grande atuação na sua primeira final da NFL aos 24 anos.

O atleta dos Eagles igualou o recorde de três touchdowns de corrida para um quarterback no Super Bowl e conseguiu a maior marca de jardas em corrida (70) para um jogador da sua posição.

Com o terceiro título, depois de 1970 e 2020, os Chiefs ainda estão longe dos recordistas de títulos, os Pittsburgh Steelers e os New England Patriots, ambos com seis troféus Vince Lombardi.

Curiosidades do evento deste ano

No 'State Farm Stadium' do Arizona houve lugar a várias curiosidades e dados interessantes para além da vitória dos Kansas City Chiefs.

  • Revelação da gravidez da cantora Rihanna

No intervalo do encontro, Rihanna protagonizou o regresso aos palcos e cantou vários temas como "Umbrella" e "Diamonds in the Sky". Se esta já era uma atuação especial, o que dizer depois de se saber que a cantora está grávida do seu segundo filho. Durante o concerto, os fãs já especulavam que Rihanna poderia mesmo estar grávida, uma informação que foi rapidamente confirmada pelos seus representantes.

  • Casa Branca e Joe Biden não deram a cara antes do evento

Tornou-se uma tradição haver um discurso do Presidente dos Estados Unidos antes do Super Bowl, mas este ano houve uma excessão e Joe Biden, juntamente com a Casa Branca, não foram entrevistados pelo grupo responsável pela transmissão do evento: Fox e fala-se mesmo num cancelamento com base em alegados conflitos paralelos com o líder máximo dos Estados Unidos.

"Como dissemos antes, tinhamos combinado uma entrevista (...) prévia ao Super Bowl e a Fox Corp cancelou", terá dito uma fonte da Casa Branca, enquanto que do lado da Fox a reação foi a seguinte: " A nossa equipa da Fox viajou de Los Angeles para Washington para realizar a entrevista, porém soubemos esta noite (de sexta-feira) que (a Casa Branca) não participará".

Um caso que promete fazer correr tinta, numa altura em que Biden é pressionado a esclarecer os motivos que levaram três objetos voadores a serem abatidos nos EUA.

  • 67.827 espectadores, bem longe do recorde absoluto da competição

Foi este o número de espetadores que esteve no 'State Farm Stadium'. Apesar de não ser o registo mais baixo em termos de público, está longe do recorde absoluto (103 985 espetadores).

  • Outras personalidades presentes e um futebolista a torcer à distância

No evento mais aguardado do ano nos Estados Unidos, já era esperado a presença de várias figuras ilustres. Estiveram assim presentes ícones como o basquetebolista LeBron James, os músicos Paul McCartney, Adele e Jay-Z e os atores Bradley Cooper e Paul Ruud.

Mais longe, mas sempre fiel, esteve o futebolista Griezmann, do Atlético de Madrid, que comemorou a vitória dos Chiefs com direito a pirotecnia. O francês parecia mesmo um jogador do atual campeão da Super Bowl tal era a euforia e o equipamento a rigor.

O que esperar da edição do próximo ano?

A 58ª edição do Super Bowl está previsto realizar-se em Las Vegas, na cidade do Pecado, mais concretamente no Allegiant Stadium (casa dos Las Vegas Raiders), e trata-se de uma estreia do anfitrião, já que o recinto foi inaugurado apenas em 2020.

A data prevista para o grande evento da NFL é 11 de fevereiro de 2024 e Las Vegas receberá pela primeira vez o Super Bowl.

Esta próxima edição também pode estabelecer um novo recorde. Os preços para os ingressos já costumam rondar os milhares de dólares, mas desta vez podem atingir valores ainda mais históricos.

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