
A Rússia condenou hoje a decisão da Federação Internacional de Esgrima (FIE) de excluir várias atletas russas das suas competições internacionais, acedendo às recomendações do Comité Olímpico Internacional (COI) quanto a ligações militares.
“Só temos uma posição. Os nossos esgrimistas só participarão caso tenham os mesmos direitos dos desportistas de outros países”, reclamou o presidente do comité olímpico russo, Stanislav Pozdniakov.
A esgrima é uma das nove modalidades olímpicas que, por recomendação do COI, decidiu readmitir os desportistas russos e bielorrussos, excluídos das provas internacionais devido à invasão da Ucrânia.
Ainda assim, o COI especificou que estes não podem ter participado ou apoiado a guerra, referindo-se especificamente a vínculos militares e a forças de segurança, além de terem de competir sob bandeira neutra.
“Os melhores desportistas de outros países também pertencem às forças armadas”, criticou, por sua vez, o presidente da federação russa, Ilgar Mamédov.
A FIE aceitou a participação de outras russas, mas excluiu as líderes da sua equipa feminina, sendo que entre as seis visadas estão as campeãs mundiais e olímpicas Sofia Velínkaya, Yana Egorián e Sofia Lojanova, filha do presidente do comité olímpico russo (COR).
O Kremlin também já protestou a decisão, que classificou ir de encontro aos critérios “políticos” do COI.
A federação de esgrima da Ucrânia tinha recorrido ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) em Lausana, Suíça, da decisão da FIE em readmitir os competidores russos e bielorrussos.
O mundo desportivo internacional tem estado dividido quanto ao regresso dos banidos, sendo que o Comité Olímpico Internacional, que apoia a inclusão, mas tem sofrido pressões políticas no sentido contrário, ainda não decidiu quanto à sua participação nos Jogos Olímpicos Paris2024.
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