A seleção portuguesa de canoagem, que de quinta-feira a domingo vai disputar os mundiais em Copenhaga, é composta por 11 elementos que vão “lutar por medalhas” numa prova em que começa a “preparar” Paris2024.
“O objetivo da participação neste mundial será iniciar já a preparação do novo ciclo Paris2024. A canoagem portuguesa já provou que consegue estar a excelente nível nas competições internacionais e a tradição do seu desempenho passa pela obtenção de medalhas”, refere o presidente da federação, Vítor Félix.
Em declarações à Lusa, o dirigente recorda que a canoagem foi, a par do atletismo, a única modalidade a conseguir pódios tanto nos Jogos Olímpicos como nos Paralímpicos, nomeadamente Fernando Pimenta em K1 1.000 e Norberto Mourão em VL2.
“É de esperar que neste mundial, num ano perfeitamente atípico, pois não há mundiais em ano olímpico, vamos entrar na discussão das medalhas nos eventos em que vamos participar”, reforçou.
Depois do “balanço extremamente positivo” de Tóquio2020, que deixou a modalidade “muito orgulhosa” dos feitos alcançados, a canoagem lusa já está focada em Paris2024, um ciclo mais curto, mas nem por isso menos ambicioso.
“Não poderíamos estar mais orgulhosos pelo que conseguimos. Não só pelas medalhas, mas todo um ciclo de sucesso com cinco anos de inúmeros títulos mundiais e europeus em várias disciplinas da canoagem e escalões”, sintetizou Vítor Félix.
O presente é, no entanto, pensar já no futuro que traz um processo eleitoral – Vítor Félix assume estar “em reflexão” quanto à possibilidade de se candidatar a um terceiro mandato à frente da federação” – e as “responsabilidades” de uma modalidade que tem um estatuto a defender em Paris2024.
“Quando uma federação alcança duas medalhas a fasquia está muito elevada. Este ciclo tem de ser preparado com precaução. Vamos ter um processo eleitoral na federação e, venha quem vier, terá de ser preocupar com a renovação desta equipa, das embarcações. Temos atletas da principal geração da canoagem no topo da carreira, da sua maturação. É preciso encontrar novas soluções, embarcações para discutir, com qualidade, o apuramento olímpico e paralímpico”, defendeu.
A seleção em Copenhaga não conta com os olímpicos Emanuel Silva e David Varela, “que pediram dispensa face ao desgaste da participação olímpica”, bem como Joana Vasconcelos, que está grávida.
Tripulações:
- Masculinos:
K1 1 000 e K1 5.000 Fernando Pimenta.
K1 500 João Ribeiro.
K1 200 Kevin Santos.
K4 500 João Ribeiro, Messias Baptista, Kevin Santos e Rúben Boas.
C1 500 Hélder Silva.
- Feminino:
K1 200 e K1 500 Teresa Portela.
K2 200 e K2 500 Maria Rei/Francisca Laia.
- Misto:
K2 200 Messias Baptista/Francisca Laia.
- Paracanoagem:
KL1- Alex Santos.
VL2 - Norberto Mourão.
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