A seleção portuguesa de footgolf está de partida para Orlando, nos Estados Unidos, onde participará no Campeonato Mundial da modalidade, entre sábado e 06 de junho, para tentar “fazer uma gracinha”, promete o treinador da equipa lusa.

A comitiva nacional integra 30 jogadores, que vão competir nas categorias masculinos (até 45 anos), sénior (mais de 45 anos) e femininos, e o selecionador Marco Aurélio promete tentar melhorar a anterior classificação de Portugal, que foi 11.º classificado em Marraquexe, em Marrocos, no Mundial de 2018.

“Não somos candidatos a ser campeões do mundo”, admitiu o responsável à agência Lusa, lembrando o favoritismo de Estados Unidos, Argentina, Eslováquia, Espanha ou França, “países com muito mais experiência” no footgolf.

Mas Portugal, onde a modalidade começou a ser praticada há pouco tempo, ganhou nos últimos dois anos “muitos jogadores” e “cresceu na competitividade”.

Ao todo, há cerca de duas centenas de federados a disputar o circuito nacional, dos quais se destaca “um leque de cerca de 30 jogadores com grande qualidade”.

“Não sabemos, ou eu não consigo prever, qual o real valor da seleção atualmente”, reconhece Marco Aurélio que, contudo, acredita numa surpresa: “Não sendo favoritos a ser campeões, preparámo-nos no sentido de que, se as seleções que são favoritas à partida tiverem numa semana má e fizeram um mau torneio, a seleção portuguesa está preparada para fazer uma gracinha. Vamos ver o que acontece”.

Há três meses, Marco Aurélio assumiu o cargo de selecionador e coordenador da participação nesta quarta presença nacional numa competição internacional, respondendo a um desafio da Federação Portuguesa de Footgolf. Para isso, suspendeu a atividade como treinador de futebol de 11, depois de ter sido jogador até 2010, sempre no Marinhense, da Marinha Grande.

No footgolf, iniciou-se como praticante em 2018 e, de então para cá, tem preparado o lote de selecionados, apurados por ranking.

“Eles é que tiveram o mérito de se qualificar para o Mundial”, realça à Lusa, na véspera da partida para os Estados Unidos, considerando que o grupo está “num excelente momento”.

“A federação teve o mérito de preparar o nosso circuito nacional a fim dos jogadores chegarem a esta fase num bom momento de forma”, referiu.

A par disso, Marco Aurélio salientou que o moral é elevado: "A malta está naturalmente motivada e entusiasmada - e com pressa de partir e de começar a competir. É a maior competição do mundo, onde vão estar muitas seleções, muitos jogadores, num país diferente do que nós estamos habituados, do outro lado do oceano”.

Portugal chega a Orlando na sexta-feira, dedicando os dois dias seguintes ao reconhecimento dos campos, antes de se estrear na competição na segunda-feira.

“Estamos todos curiosos para chegar lá e ver o que vai acontecer. Que vai marcar as nossas vidas, vai. Vai ser uma coisa inesquecível”, concluiu Marco Aurélio.