A Federação Portuguesa de Padel (FPP) confirmou hoje que as Seleções Nacionais Absolutas não vão disputar o Campeonato da Europa por Equipas, organizado pela Federação Internacional de Padel (FIP), e o Mundial do Qatar como forma de protesto.
“Portugal não se inscreveu nessa prova [Mundial no Qatar] como forma de protesto pelo tratamento dado às mulheres no Qatar”, explicou Ricardo da Silva Oliveira, presidente da FPP, em declarações à Lusa, sublinhando que não vai “participar em provas organizadas por países que não respeitam os direitos das mulheres e onde há discriminação relativamente às vestimentas permitidas às mulheres enquanto praticantes de desporto.”
As Seleções Nacionais, segundo o dirigente, não vão disputar igualmente no Europeu por Equipas em Espanha, entre 28 de junho e 04 de julho, uma vez que a “FPP, como filiada na FIP, participa nas provas Mundiais organizadas pela FIP e, como filiada na FEPA [Associação Europeia de Padel], participa nos Europeus da FEPA.”
“A nossa FPP pertence a um país moderno e democrático, que defende a igualdade de género. Estamos comprometidos e somos solidários com o governo nessa missão. Somos orgulhosos disso”, defendeu Ricardo da Silva Oliveira, assegurando que enquanto for presidente não vai “colocar as vidas das jogadoras em perigo por eventualmente mostrarem o ombro no lugar errado.”
Apesar da ausência no Europeu, em Espanha, e no Mundial, previsto para Doha, entre 15 e 20 de novembro, ambos organizados pela FIP, o presidente da FPP diz que “Portugal estará representado no Mundial de Equipas de Jovens da FIP, no México, no Mundial de Equipas Veteranos da FIP, nos Estados Unidos, e no Europeu de Equipas Absolutos da FEPA, em Espanha.”
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