A judoca portuguesa Bárbara Timo, vice-campeã mundial de judo na categoria -70 kg, revelou, na segunda-feira estar “muito feliz” pela medalha conquistada, um “objetivo de vida realizado”.
“É um sentimento muito especial, estou muito feliz. Estive uma vida à espera disto, troquei tudo pelo meu sonho. Esta é a minha vida e o que faz sentido para mim. A medalha é um objetivo de vida realizado”, expressou.
Após uma receção entusiástica por dezenas de pessoas no aeroporto de Lisboa, Bárbara Timo, nascida no Rio de Janeiro, e naturalizada portuguesa em janeiro deste ano, agradeceu a Portugal por ter acreditado nela e afirmou que não conseguiria a medalha de prata se ela própria não se sentisse parte do país.
“Agradeço muito a Portugal por ter acreditado em mim e por me ter aceitado como portuguesa. Enquanto puder dar alegria aos meus amigos, ao Benfica ou a Portugal, vou fazê-lo. Não conseguiria ter estes resultados, se não me sentisse portuguesa”, afirmou.
A judoca, de 28 anos, sentiu este Mundial como uma preparação para os Jogos Olímpicos e prometeu vontade de lutar por uma medalha em Tóquio2020.
“O Mundial foi em Tóquio, acho que é uma preparação para os Jogos Olímpicos. Pensava que, após a medalha, ia sentir um conforto, uma meta, mas senti mais vontade de conseguir mais e de lutar por uma medalha nos Jogos Olímpicos”, explicou.
A atual medalhada olímpica Telma Monteiro fez um balanço positivo do Mundial, apesar de lamentar a sua eliminação na terceira ronda da categoria -57 kg, mas congratulou os colegas Jorge Fonseca e Bárbara Timo pela medalha de ouro e de prata conquistadas, respetivamente.
“Acho que foi muito positivo. Infelizmente, não consegui avançar na terceira ronda, perdi com a campeã olímpica, mas ainda há muito caminho pela frente e saio daqui com boas sensações. O que os meus colegas fizeram foi histórico, conseguiram boas prestações. Temos um grupo muito unido e forte”, disse.
O presidente da Federação Portuguesa de Judo, Jorge Fernandes, garantiu que este foi o melhor Mundial de judo de sempre para as cores nacionais, num trabalho que, afirmou, tem vindo a ser desenvolvido há muitos anos.
“Foi o melhor Mundial que Portugal teve. Há 60 anos que trabalhamos para obter estes resultados, conseguimos agora e estamos satisfeitos. Os atletas cada vez treinam mais, os treinadores são melhores e o espírito de sacrifício dos atletas fez com que conseguissem o objetivo”, sublinhou.
Bárbara Timo apenas foi derrotada pela francesa Marie Eve Gahie na final da competição de -70 kg dos Mundiais de judo, em Tóquio, por ippon, conquistando a medalha de prata na categoria.
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