O britânico Gabriel Cullaigh (Team Wiggins) estreou-se hoje a vencer como profissional, numa primeira etapa da Volta ao Alentejo em bicicleta em que a W52-FC Porto praticamente afastou a concorrência nacional.
Grande dominadora do ciclismo em Portugal nos últimos anos, a equipa do Sobrado voltou hoje a mostrar a sua força e, beneficiando da chuva e do muito vento, deixou toda a concorrência ‘apeada’, ao colocar seis homens num grupo de 21 ciclistas que chegaram isolados.
O jovem Gabriel Cullaigh, de 21 anos, aproveitou o trabalho da W52-FC Porto para somar a primeira vitória da sua carreira e tornar-se o primeiro líder, ao ser o mais forte na chegada a Serpa, cumprindo em 4:18.33 horas os 173,5 quilómetros percorridos desde a saída de Vendas Novas.
Uma rampa nos últimos 300 metros acabou por favorecer o ‘puncheur’, que se superiorizou ao francês Justin Jules (WB Aqua Protect Veranclassic) e ao irlandês Mark Downey (Team Wiggins).
“O final foi bom, embora um pouco surpreendente, com esta pequena subida no final, depois de uma etapa plana. Foi um dia épico, com o tempo e a chuva. Foi uma boa corrida e um bom dia”, assumiu Cullaigh, que acredita poder lutar pela vitória final.
A história da etapa e da própria prova começou a definir-se muitos quilómetros antes, com a W52-FC Porto a aproveitar o estado do tempo para lançar um ataque a toda a concorrência.
Com seis dos seus sete ciclistas na frente da corrida, os ‘dragões’ levaram consigo outros 13 corredores e anularam, aos 109 quilómetros, a fuga do espanhol Mauricio Moreira (Caja Rural) e do neozelandês James Fouche (Team Wiggins).
Com uma “loucura” de ritmo, como assumiu Luís Mendonça (Aviludo-Louletano), o melhor português na etapa, a W52-FC Porto foi aumentando o avanço para os restantes grupos que se foram formando, deixando os perseguidores mais próximos a mais de nove minutos.
Nos 21 corredores do primeiro grupo, além dos seis portistas, estavam apenas três elementos de equipas portugueses – Luís Mendonça e Oscar Hernandez (Aviludo-Louletano) e Nicola Toffali (Sporting-Tavira).
“Logo no início da corrida decidimos aproveitar o vento. Mandámos acelerar em algumas partes em que estava mais vento. Levava gente na frente da corrida que me ia dizendo onde estava mais vento”, disse Nuno Ribeiro, diretor desportivo da W52-FC Porto, que aponta o espanhol Gustavo Veloso como a ‘arma’ da equipa.
Na quinta-feira, corre-se a segunda e mais longa etapa, entre Beja e Sines, num total de 205,2 quilómetros, num percurso praticamente plano, mas que, caso se mantenham as condições climatéricas, pode levar a novos cortes no pelotão.
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