O treinador português André Villas-Boas confessou hoje estar a "viver um sonho" com a participação como piloto no Rali de Portugal, ao volante de um Citroën na categoria WRC3, vincando o objetivo de “conseguir terminar a corrida”.
"Ainda hoje estava no ‘shakedown' e comentava com o meu co-piloto que parecia impossível estamos no Rali de Portugal. Estou a viver um sonho, e, apesar de me confrontar com minha veia competitiva do futebol, também tenho uma parte sensata, de piloto amador, que me obriga a ir com segurança, para conseguir terminar a corrida", disse André Villas-Boas.
O técnico confessou que, além da participação no rali regional de Viera do Minho, em abril, não teve grandes oportunidades para testar o carro, partilhando a estratégia que irá seguir durante a corrida.
"No primeiro dia, nas etapas do centro, vamos tentar ir com mais cuidado. Mas depois, já na zona norte, que conheço melhor, vou arriscar mais um pouco. O importante é levar o carro até ao fim e percorrer todas as etapas para dar visibilidade à ‘Race For Good', a fundação de solidariedade social que estou a representar", disse Villas-Boas.
Confessando ser um fã incondicional do desporto motorizado, também por influência familiar, André Villas-Boas vincou, ainda assim, que o seu futuro profissional será no futebol, e que esta participação numa prova do Mundial de ralis "será uma experiência única".
"Os automóveis são minha paixão, mas o futebol é minha profissão. O mercado dos treinadores, por enquanto, está um pouco louco, vamos ver o que acontece a partir deste mês. Certo é que quando estiver longe dos relvados estarei a competir nos carros. É o que me acalma do stress do futebol. As provas todo-o-terreno estão mais no sangue, os ralis são muito mais difíceis", confessou o treinador.
André Villas-Boas partilhou ainda que já teve oportunidade de oferecer ao atual campeão do mundo, Sébestian Ogier, uma camisola do Marselha, o último clube que o treinador orientou, e do qual o piloto francês é fã.
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