O Circuito Internacional de Montalegre irá voltar a receber o Campeonato do Mundo de Ralicrosse em 2020 após um ano de interregno, após o acordo estabelecido com o promotor com a duração de um ano, anunciou hoje a autarquia.

“Vamos regressar com um protocolo que apresenta praticamente as mesmas condições. O que muda é o tempo, isto é, foi estabelecido um acordo por um ano com renovação anual caso as duas partes estejam recetivas à sua continuidade”, destacou o presidente do município de Montalegre, Orlando Alves, citado em comunicado de imprensa.

David Gillett, o novo responsável da IMG, promotora do campeonato mundial sob a alçada da Federação Internacional do Automóvel (FIA), esteve recentemente em Montalegre, no distrito de Vila Real, para fechar o acordo com a autarquia.

Para Orlando Alves, “fez-se justiça”, após a suspensão do protocolo que deixou de fora Montalegre do calendário de 2019.

“Foi um grande revés para toda a região e também para a instituição. Felizmente o reconhecimento da nossa causa, da nossa capacidade organizativa e a qualidade da nossa pista falou mais alto e o resultado aí está”, vincou.

Também citado no comunicado, o vice-presidente da IMG Paul Bellamy destacou que Montalegre é um “lugar especial” na história da competição por ter sido o circuito onde decorreu a primeira prova de sempre do Campeonato Mundial de Ralicrosse.

“Estamos ansiosos por outro emocionante fim de semana de corridas em 2020”, sublinhou.

A vila de Trás-os-Montes estreou-se no Mundial de Ralicrosse em 2014 e recebeu o evento por cinco anos consecutivos.

Em 2019, apesar de ter contrato assinado para receber a prova até 2023, a pista de Montalegre não figurou no calendário.

Segundo Orlando Alves, a autarquia tem feito “um grande esforço financeiro para adaptar a pista às exigências da modalidade”.

O socialista lembra ainda que este “é um evento que contribui para a sustentabilidade de todo o território, quer de Montalegre, concelho e região”, realçando que “infelizmente há ainda gente que não compreende isto”.

“A nossa visibilidade inquieta a vizinhança que gostaria de ter o que nós temos: um cartaz à escala mundial”, atirou.