A 11.ª edição do rali África Eco Race, hoje apresentada, contará com a presença da piloto de camiões Elisabete Jacinto, pela 10.ª vez consecutiva, estando bem encaminhada, nas motos, as de Luís Oliveira e Rui Oliveira.
Fruto do percurso, este rali não apresenta novidades em relação ao ano passado, face a algumas condicionantes geográficas, mas, segundo o diretor da prova, René Metge, isso até será um novo desafio para a organização, que irá procurar surpreender os concorrentes.
“Não podemos fazer grandes modificações, porque temos cinco dias para atravessar Marrocos. Se mexermos muito, temos de acrescentar um ou dois dias na prova. Por aí, estamos limitados. Vamos tentar encontrar coisas diferentes. Uma delas é inverter o sentido dos troços para estimular os pilotos”, afirmou.
Para René Metge, que garante que o itinerário irá ser conhecido no final de setembro, estas condicionantes não são sinal da estagnação da competição, até porque o África Eco Race está em crescimento.
“Tenho um amigo que normalmente corria com um carro e este ano vai correr com dois. O aumento dos participantes passa também por situações como esta. Para já, tenho a perspetiva do crescimento do número de camiões e motos. Ficaremos felizes se houver 50 de cada”, rematou.
Com uma forte aposta na segurança, a prova de 2019 contará com o apoio de três helicópteros, três aviões, 20 médicos e enfermeiros, dois osteopatas, seis veículos todo o terreno medicalizados e o sistema satélite.
A próxima edição, que tem as verificações técnicas agendadas para 28 e 29 de dezembro, conta, para já, com a presença garantida de Elisabete Jacinto, mas o número poderá crescer, estando praticamente acertada a participação de Luís Oliveira e Rui Oliveira, segundo e terceiro classificados, respetivamente, nas motos, em 2018, e que ainda procuram reunir os apoios necessários.
“Tenho um prazer particular este ano por ser a 10.ª edição. Recordo ter apostado numa prova que tinha acabado de nascer, que ninguém conhecia. Foi uma opção difícil. Mas, quando entrei em competição na primeira vez, percebi que iria ser uma grande prova. Há sempre um ambiente de grande cordialidade entre todas as pessoas", afirmou Elisabete Jacinto.
Embora não faça parte desta prova, a organização aposta noutro rali, o Turkmen Desert Race, que nesta primeira edição, de 11 a 15 de setembro, não incluiu motos. Serão cinco etapas, que vão unir os 1.500 quilómetros da Rota da Seda, no Turquemenistão.
Tendo o apoio governamental deste país centro asiático, a inscrição na prova tem um custo de 2.500 euros e inclui inscrição, transporte, combustíveis, alimentação, assistência médica e vistos.
"Não é de todo uma prova para turistas. Embora seja um rali curto, é bastante duro. Fiz já a verificação de algumas etapas. É um percurso feito essencialmente nas dunas. Conduzi cerca de 250 quilómetros de cada uma delas e fiquei com dores nos braços", concluiu.
O rali África Eco Race realiza-se de 30 de dezembro de 2018 a 13 de janeiro de 2019 e liga Nador (Marrocos) a Dakar (Senegal), num total de 6.500 quilómetros, divididos em 12 etapas.
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