O finlandês Jari-Matti Latvala (VW Polo-R), líder do Rali da Suécia desde a manhã desta sexta-feira, terminou a segunda etapa, em Hagfors, quase sem pneus e com menos de quatro segundos de avanço sobre o norueguês Andreas Mikkelsen.
Latvala aproveitou sucessivamente os percalços dos seus companheiros de equipa, nomeadamente o francês Sébastien Ogier, campeão do Mundo e líder da prova após a etapa de quinta-feira, que na oitava especial, a primeira do dia, bateu num muro de neve e terminou a jornada na nona posição, a 3.38 minutos.
Enquanto o francês, vencedor do Rali de Monte Carlo, ficou sem hipóteses de ganhar a segunda prova da época e repetir o feito do ano passado, Andreas Mikkelsen, terceiro piloto Volkswagen, assumiu o comando, mas cedeu-o pouco depois, na 10.ª classificativa, devido a uma incursão numa valeta.
Latvala herdou assim a liderança sem conseguir sequer ser o mais rápido numa das nove especiais do dia, justificando o desabafo de Ogier, autor do melhor tempo em seis troços: "Este fim de semana, eles não me bateram, fui eu que me eliminei. É o rali. Fui o mais rápido, mas não evitei cometer aquele erro estúpido".
Latvala, que pode chegar à liderança do Mundial se as posições se mantiverem, argumentou que "é mais fácil andar depressa quando se perdeu qualquer hipótese de ganhar a prova, porque a pressão diminui muito".
Depois de ter concluído a maioria das classificativas atrás do gaulês, o finlandês chegou ao final do dia com os pneus quase destruídos. Foi 15.º na 15.ª especial, perdendo em menos de dois quilómetros oito segundos para o francês e, sobretudo, o grosso da vantagem que tinha sobre Mikkelsen.
Um pouco mais longe, a 43 segundos, segue o norueguês Mads Ostberg (Citroën), em terceiro, seguido pelos pilotos da Ford, o finlandês Mikko Hirvonen e o estónio Ott Tanak, comprovando que o Rali da Suécia continua a ser assunto de nórdicos, apesar de Ogier ter quebrado a tradição em 2013.