O português António Felix da Costa espera entrar em 2014 no restrito "circo" da Fórmula 1 e quer surpreender os responsáveis da Red Bull nos testes que vai realizar no início de novembro com a escuderia campeã mundial.
«É para isso que eu corro, para chegar à Fórmula 1», afirmou Felix da Costa à agência Lusa, que viveu o seu “batismo” nas corridas com apenas nove anos, nos campeonatos nacionais de karts.
Depois de ter assinado no verão deste ano um contrato de cinco anos pela Red Bull para integrar a Junior Team, o piloto, de 21 anos, prepara-se agora para, nos dias 6, 7 e 8 de novembro, testar os monolugares da escuderia inglesa e do atual bicampeão mundial, o alemão Sebastien Vettel, no circuito de Yas Marina, em Abu Dahbi.
«Ser convidado para testar com a Red Bull é uma prova do que tenho feito ultimamente, que o meu talento está a aparecer e é uma prova de confiança da equipa», considerou o português, que vai assim voltar a se sentar num "cockpit" de Fórmula 1, depois da experiência com a Force India em 2010.
Depois de Nicha Cabral (1959 a 1964), Pedro Matos Chaves (1991), Pedro Lamy (1993 a 1996) e Tiago Monteiro (2005 e 2006), António Felix da Costa espera já em 2014 tornar-se no quinto português a ingressar na Fórmula 1.
«É uma oportunidade importante. Vou estar com um sentimento de felicidade, orgulho e uma emoção forte por estar a pilotar o carro do Sebastien Vettel, mas tenho que manter o lado profissional, sério e dar à Red Bull o que vai pedir de mim e que certamente vai ser muito. São testes muito importantes para os últimos dois grandes prémios da época», referiu o piloto de Cascais.
Questionado sobre as dificuldades financeiras e de patrocínios que os pilotos portugueses normalmente passam para ingressar na Fórmula 1, Felix da Costa revelou que se «sente muito seguro» na Red Bull e que espera não ter esse tipo de entraves.
«A minha carreira sempre foi bem estruturada, nunca tive que me preocupar muito com isso. Ao ser português, é complicado arranjar os apoios, mas, estando na família Red Bull, não é um assunto que se fale aos pilotos. Estou num projeto financiado por eles, que têm o intuito de criar um piloto para ser campeão do Mundo, para ser o próximo Vettel. É tudo uma questão do talento», disse.
Numa altura em que ainda não sabe em que campeonato e categoria vai competir em 2013, o piloto português deixou este ano no seu currículo um terceiro lugar no campeonato de GP3, que incluiu três vitórias e seis lugares no pódio.
«No geral foi uma temporada boa, mas sinto que perdi o campeonato logo na primeira corrida, em que errei. Se tivesse somado esses 25 pontos, acho que teria sido campeão. Mesmo assim, cheguei à última corrida, em Monza, com possibilidade de ganhar, mas infelizmente o carro teve um problema. As corridas são assim», concluiu.