O espanhol Marc Márquez tornou-se no piloto com maior número de vitórias aos comandos de uma Honda, ultrapassando o australiano Mick Doohan, ao vencer hoje o GP da Austrália de MotoGP, em que não alinhou Miguel Oliveira.

O piloto português (KTM) não recebeu autorização médica para correr devido às dores e ao inchaço sentido em ambas as mãos, depois da queda sofrida no sábado, na quarta sessão de treinos livres, quando rodava a 300 quilómetros por hora.

Márquez arrancou da terceira posição da grelha depois da qualificação realizada esta manhã, devido ao vento que se fez sentir no sábado, e fez uma corrida de contenção até à última volta, altura em que ultrapassou o compatriota Maverick Viñales (Yamaha), que acabaria por cair.

Já campeão desde o GP da Tailândia, Marc Márquez fez uma corrida de contenção, nunca passando pela liderança da prova até à derradeira volta.

"Jogámos ao usar o pneu macio, que terminou completamente destruído", explicaria o piloto espanhol já no final.

Viñales, que largou do primeiro lugar da grelha, fez um mau arranque, perdendo cinco posições, que recuperou nas nove primeiras voltas. O esforço despendido custou alguma saúde ao pneu traseiro da sua Yamaha, acabando por cair na décima curva quando tentava responder à ultrapassagem de Márquez.

O piloto catalão acabaria por cruzar a meta com 11,413 segundos de vantagem sobre o britânico Cal Crutchlow (Honda), e 14,499 segundos sobre o australiano Jack Miller (Ducati).

Com este triunfo, Márquez torna-se o piloto com maior número de vitórias aos comandos de uma Honda, chagando às 55, ultrapassando o australiano Mick Doohan, com 54.

Foi o 11.º triunfo do campeão mundial este ano em 17 corridas já disputadas, quinto consecutivo.

Márquez tem agora 375 pontos, contra os 240 do italiano Andrea Dovizioso (Ducati), que foi apenas sétimo.

Com a ausência nesta prova, Miguel Oliveira viu o italiano Andrea Iannone (Aprilia) descolar no Mundial. O português baixou uma posição, até ao 17.º lugar, com 33 pontos.

A próxima corrida será já no domingo, em Sepang, na Malásia, com a equipa Tech3 em dúvida sobre a recuperação do piloto português.

Em Moto2, a vitória sorriu ao sul-africano Brad Binder (KTM), mas o terceiro lugar do suíço Thomas Lüthi (Dynavolt Kalex) foi suficiente para impedir o espanhol Alex Márquez (EG Kalex) festejar o título.

Em Moto3 venceu o italiano Lorenzo dalla Porta (Leopard Honda) que, assim, se sagrou campeão mundial pela primeira vez.