O britânico Kris Meeke (Citroën C3) vai começar esta quinta-feira a defender o título do Rali de Portugal, sexta prova do Mundial, com uma “condução limpa”, para evitar o sucedido na Argentina.

“Não se pode ter erros quando se conduz rápido e ainda não sei o que aconteceu”, referiu o nono classificado do Campeonato do Mundo, aludindo ao segundo acidente que sofreu na prova anterior.

Mesmo assim, o vencedor da edição de 2016 do Rali de Portugal assumiu-se confiante em obter um bom resultado na prova que arranca hoje, com a superespecial de Lousada.

“É uma boa sensação, apesar de estar a ter um arranque de ano difícil, com alguns problemas técnicos e também erros meus. Espero ter uma condução limpa e melhorar o desempenho. É praticamente o mesmo percurso, com alguns troços em sentido inverso. Continua a ter as mesmas superfícies, que parecem bem agora, mas depois de algumas passagens pode ficar complicado”, explicou Meeke.

O britânico conseguiu hoje o quarto melhor tempo no ‘shakedwon’ (3.07,2 minutos), a três centésimos de segundo do espanhol Dani Sordo (Hyundai i20), que, em Baltar, superou ainda o francês e tetracampeão mundial Sébastien Ogier (Ford Fiesta) e o finlandês Jari-Matti Latvala (Toyota Yaris), a 0,1 e 0,2 segundos, respetivamente.

“O tempo não é importante, mas é bom para motivar. Estou contente com o desempenho do carro, que está melhor do que no ano passado, mais fácil de conduzir”, frisou o vencedor do ‘aquecimento’ para o Rali de Portugal, que viu desvendada, pelos mecânicos da Hyundai, a superstição de usar a mesma roupa interior em todas as provas.

Sem superstições, o estónio Ott Tänak (Ford Fiesta), que segue em quarto no Mundial com mais 15 pontos do que Sordo, revelou a ambição de vencer o rali português.

“O objetivo é sempre andar bem e ganhar, eu tenho sempre esperança de ganhar em Portugal, mas é preciso um rali perfeito para chegar à vitória e o campeonato está muito apertado”, sublinhou.

Mais modesto apresentou-se o finlandês Esapekka Lappi (Toyota Yaris), que, depois de vencer o WRC2 em 2016, cumpre a estreia na categoria máxima em Portugal.

“Estou com a mente aberta em relação aos resultados, mas só quero chegar ao fim. Preciso de quilómetros e a equipa também”, afirmou Lappi, assegurando estar “satisfeito, confortável e sem nervosismo”.

Igualmente presente na conferência de imprensa de lançamento da competição, o português Miguel Campos (Skoda Fabia R5) prometeu lutar pela melhor classificação entre os pilotos lusos.

“Esta é a primeira prova que disputo este ano, claro que é especial para mim, porque é no meu país. Espero ser o primeiro português e conseguir a melhor posição possível no WRC2. A competição é difícil, porque todos os pilotos são experientes e têm muita rotina de competição”, referiu o piloto, que cumpre 25 anos de carreira e vai ser o quarto a partir para a primeira superespecial do rali, juntamente com José Pedro Fontes (Citroën DS3 R5)

Pedro Meireles (Skoda Fabia R5) e Miguel Barbosa (Skoda Fabia R5) vão ser os primeiros a enfrentar os de 3,36 quilómetros na pista de ralicrosse de Lousada, a partir das 19:03.

Depois do arranque em Lousada, onde Ogier venceu em 2016, o rali segue para o Alto Minho, com dupla passagem nos renovados troços cronometrados de Viana do Castelo, Caminha e Ponte de Lima, antes da ‘Braga Street Stage’, ao início da noite.

No sábado, Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto e Amarante – a especial mais longa da prova com 37,55 quilómetros -, com duas passagens cada, vão acolher praticamente metade da distância do rali. Para domingo, estão marcadas mais quatro classificativas, Fafe, com duas passagens pelo seu emblemático salto, uma delas ‘power stage’, e os troços de Luílhas e Montim.