O português Miguel Oliveira disse hoje acreditar que a morte de Luís Salom ocorrida na sexta-feira, nos treinos livres do Grande Prémio da Catalunha de moto2, uniu ainda mais os pilotos no ‘paddock', afastando as rivalidades existentes.
"Qualquer piloto que tenha o mínimo sentimento sente-se assim. Quando se perde um colega deixa tudo de fazer algum sentido e acabamos por olhar uns para os outros de forma igual. Espero que este acontecimento tenha ajudado a que certas rivalidades atenuassem um pouco", afirmou Miguel Oliveira, na conferência de imprensa de apresentação das 12 horas de Portimão.
Aos 21 anos, o vice-campeão do mundo de Moto3, em 2015, reiterou que o fim de semana em Barcelona foi "vivido com muita tensão, muita tristeza e com pouca gana de correr".
Questionado sobre a segurança nas pistas e nos circuitos, o atual 14.º classificado no Mundial de moto2, com 23 pontos, sublinhou que é impensável fazer escapatórias muito extensas, destacando o papel exemplar da organização da corrida.
"Infelizmente não se pode construir circuitos com um quilómetro de escapatória. A reação da organização foi rápida em optar pela versão homologada do traçado da Formula 1 e foi uma versão que funcionou na perfeição. Para futuro julgo que será uma versão definitiva do traçado", explicou.
Miguel Oliveira frisou ainda que, "como qualquer desporto, tudo tem seu perigo, mas é sempre relativo".
A finalizar, Oliveira falou sobre o seu desempenho no Mundial, após sete das 18 provas, lembrou as dificuldades sentidas, esperando também terminar a temporada nos 10 primeiros classificados.
"É uma categoria difícil ao princípio, pois estive sempre habituado a competir com motas de pequena cilindrada. Custou-me habituar ao pneus, mas para mim está a ser uma evolução constante a cada Grande Prémio. O meu oitavo lugar [na Catalunha] é o meu melhor até à data e os 10 primeiros lugares é um resultado possível e realista", concluiu.
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