O Grande Prémio da Comunidade Valenciana de 2018 foi o que registou maior número de quedas nos últimos cinco anos, mas o português Miguel Oliveira é um dos poucos que ainda não foi ao chão.

Em apenas dois dias de treinos (sexta-feira e sábado), registaram-se 98 quedas, mais 27 do que nos três dias de prova de 2017, disputada em piso seco.

Hoje, foram 43 as quedas registadas nas três classes em disputa (Moto3, Moto2 e MotoGP), que se somam às 55 de sexta-feira, grande parte delas provocadas pela chuva que se tem feito sentir.

No entanto, hoje, o asfalto esteve seco ao longo de quase todas as sessões. Ainda assim, alguns pilotos não conseguiram evitar um susto, como o espanhol campeão mundial de MotoGP, Marc Márquez (Honda), que chegou a deslocar o ombro esquerdo quando rebolou pela gravilha na sessão de qualificação. "Não estava à espera", confessou o piloto da Honda, que ainda regressou a tempo de garantir o quinto lugar da grelha de partida de MotoGP.

Também o italiano Valentino Rossi foi ao chão. O piloto da Yamaha foi dos primeiros a cair esta manhã, ainda nos treinos livres. "Não me estava a sentir confortável com a mota. Quando arrisquei mais um pouco, acabei por cair", explicou o piloto de 39 anos, que ficou com uma "ligeira dor" no ombro esquerdo.

Outro piloto a experimentar a dureza do asfalto foi o espanhol Alex Rins (Suzuki). "A mota escorregou de frente e quando cheguei à gravilha parecia que tinha entrado numa máquina de lavar, tal a quantidade de voltas que dei", recordou, ao final da tarde.

Já na sexta-feira, foram 55 as quedas, mais 30 do que no mesmo dia do ano passado.

A categoria mais fustigada foi mesmo a de Miguel Oliveira, um dos poucos que ainda não caiu.

Para domingo, dia das corridas nas três classes do Mundial, a previsão meteorológica aponta para chuva intensa, o que pode fazer aumentar ainda mais os números.

"As condições de aderência não estão perfeitas e quando se tenta andar rápido, as quedas surgem", explicou à Lusa o piloto português.