O secretário de Estado do Desporto, Emídio Guerreiro, afastou esta segunda-feira a hipótese da Fórmula 1 regressar a Portugal com o apoio do Estado, sustentando que o país não dispõe de recursos financeiros para esse fim.
«Não me parece que, com o apoio do Estado, tão cedo existam corridas de Fórmula 1 em Portugal», acentuou o membro do governo, à margem de uma conferência de imprensa de apresentação da temporada automobilística do piloto António Félix da Costa, a quem foi dar um «sinal de estímulo» para a sua «carreira fulgurante».
O secretário de Estado respondia às questões sobre a possibilidade de um regresso da prova máxima do automobilismo mundial a Portugal na sequência da classificação máxima atribuída pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) ao Autódromo do Estoril.
Emídio Guerreiro rejeitou também a possibilidade de apoiar diretamente o piloto de testes de Fórmula 1 da equipa Red Bull, que estará este ano correrá pela BMW no mundial de DTM, insistindo que o país atravessa um «momento de reestruturação», pelo que «não existem recurso» para o fazer.
«O Estado não tem de apoiar diretamente o piloto, não tem condições de o fazer. Mas estamos disponíveis para ajudá-lo a encontrar soluções junto do mercado, para que possa potenciar a carreira dele. Diretamente não estará presente, mas ele de certeza que não tinha a expetativa que eu trouxesse aqui um cheque para ele poder correr, porque, de facto, esse cheque não existe», argumentou.
O secretário de Estado do Desporto manifestou-se disponível para «dizer às empresas portuguesas que têm [em Félix da Costa] um excelente instrumento para promover as suas marcas em palcos que são muito interessantes do ponto de vista competitivo e do mercado».
Emídio Guerreiro voltou a comentar a as perspetivas da seleção portuguesa no Mundial de futebol do Brasil do próximo ano, depois do sorteio realizado na passada sexta-feira que colocou a equipa no grupo da Alemanha, Gana e Estados Unidos.
«Acredito que Portugal tem todas as condições para passar aos oitavos de final. Todos os grupos são difíceis, mas nós temos uma excelente seleção - e temos o melhor jogador do mundo do momento - e podemos ter a ousadia de sonhar que os oitavos de final são possíveis. A partir daí, logo se vê», sustentou.
O secretário de Estado concluiu que Portugal tem pela frente «três jogos e três etapas decisivas», mas «cumprindo da forma eficiente e competente, como até agora a seleção tem demonstrado ser, com certeza atingirá o objetivo» dos oitavos de final.