Problemas de navegação atrasaram hoje, na terceira etapa, os pilotos portugueses que participam no Rali de Marrocos, última prova do Mundial de todo-o-terreno.

O último dos três setores seletivos previstos para hoje (79,80 km, 210,80 km e 72,38 km, respetivamente) foi anulado pela organização por questões de segurança, nesta que era a terceira tirada, segunda metade de uma etapa maratona em que os pilotos só tiveram dez minutos para tratarem, eles próprios, da mecânica das suas motas.

Além disso, houve alterações ao 'roadbook', o livro com as indicações de direções e perigos da etapa, que foi entregue aos pilotos apenas cerca de 15 minutos antes da partida.

Fatores que provocaram alguma confusão, agravada pela dificuldade em encontrar um dos pontos de passagem obrigatória.

Paulo Gonçalves (Hero), o melhor dos pilotos lusos em prova, cedeu 49.57 minutos para o vencedor do dia, o australiano Toby Price (KTM). Gonçalves foi o 25.º mais rápido e baixou ao 16.º lugar, a 58.23 minutos de Price, líder da competição.

"Em termos mecânicos correu tudo bem, o problema foi a navegação. Perdi imenso tempo, mais do que o normal. Ainda não consegui um dia limpo. Fiquei mais de 40 minutos perdido à procura de um 'waypoint'. As coisas não estão fáceis em termos de classificação geral. Agora, o objetivo é fazer os 600 quilómetros que faltam e aperfeiçoar a minha ligação com a mota para chegarmos bem ao Dakar", disse o piloto de Esposende à Agência Lusa.

O seu cunhado, Joaquim Rodrigues Jr. (Hero), foi 21.º, a 45.07 minutos, e está na 17.ª posição, 25 segundos atrás do seu companheiro de equipa.

"Mesmo antes da partida, o meu sistema de navegação avariou e tive de desenrolar o 'roadbook' manualmente. Além disso, houve dificuldades em encontrar um 'waypoint', pelo que optei por chegar em segurança ao final da etapa", explicou.

Já Mário Patrão (KTM) foi o 23.º do dia e queixou-se do atraso na entrega do 'roadbook'. "Quando é entregue o documento com outras cores e marcado de outra forma, mesmo que se queira fazer alterações já não é possível, não há tempo. Depois, já quando disputava o segundo setor cronometrado, a mota ficou sem o travão de trás, o que me obrigou a uma navegação mais cautelosa", revelou o piloto de Seia.

Nos SSV, a dupla Rui Serpa/Nuno Matias Guilherme (Yamaha) fez o quinto tempo e Mário Franco (Yamaha), navegado por Rui Franco, ficou em sétimo lugar. Este resultado permite à dupla Mário e Rui Franco subir dois lugares na classificação geral, ascendendo ao oitavo posto da classificação geral, enquanto Rui Serpa ficou mais perto de entrar para o top 10.

Na terça-feira, disputa-se a quarta etapa do Rali de Marrocos, composta por um total de 481 quilómetros e um setor seletivo de 330.

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