O francês Sébastien Ogier geriu hoje nas últimas quatro especiais a vantagem conquistada na véspera para chegar ao quinto triunfo no Rali de Portugal e igualar o recorde do finlandês Markku Alen, deixando o belga Thierry Neuville a 15,6 segundos.

O piloto da M-Sports, tetracampeão do mundo e líder do campeonato, ao volante de um Ford Fiesta, chegou ao seu 40.º triunfo no Mundial, praticamente mantendo a vantagem sobre o Neuville, que, desde cedo, reconheceu a incapacidade no Hyundai i20 para vencer pela terceira vez consecutiva no campeonato, na sexta prova do ano.

“É uma sensação ótima. É fantástico voltar ao primeiro lugar do pódio outra vez. Senti-me muito bem no carro. Tenho de agradecer à equipa, porque o carro estava perfeito. Tive um carro novo em Monte Carlo e ganhámos e outro novo aqui, espero que me possam dar um novo em cada rali”, afirmou Ogier, que regressou às vitórias depois de três terceiros lugares e um quarto na Argentina.

Apesar dos quatro triunfos anteriores, em 2010, 2011, 2013 e 2014, este foi o primeiro triunfo desde que o rali regressou ao norte do país, 30 anos depois da última vitória de Alen, vencedor em 1975, 1977, 1978, 1981 e 1987.

Na liderança desde a secção de sábado à tarde, Ogier só teve de segurar a vantagem nas quatro especiais disputadas hoje, todas no concelho de Fafe, reduzida em menos de dois segundos no quarto e último dia de prova, estabelecendo-se a diferença para Neuville em 15,6 segundos.

“Foi uma boa etapa. Dei o meu melhor. Tive uma passagem sem problemas mas não chegou, o Tänak foi mais rápido [na ‘power stage’]. Batalhei com a traseira do carro, mas os Fiesta foram mais rápidos, nós não os conseguíamos apanhar. Mesmo assim, mostrámos competitividade e foi bom para as contas do campeonato”, admitiu Neuville, que subiu ao segundo lugar do Mundial, a 20 pontos da liderança.

Dani Sordo (Hyundai i20) segurou o terceiro lugar, para subir pela segunda vez no ano ao pódio, apesar de ter perdido tempo para Ogier, que gastou menos 1.01,7 minutos do que o espanhol nos 349,17 quilómetros cronometrados da prova.

“Estou muito contente. Fiquei desapontado com os problemas nos troços mais longos. Tenho de agradecer a toda a gente que este nas classificativas a apoiar. Ver esta gente toda é incrível”, sublinhou Sordo, que já tinha sido terceiro em França.

Ogier soube defender-se na sexta-feira, quando abria a estrada, por liderar o Mundial, mantendo-se próximo do topo, enquanto o neozelandês Hayden Paddon (Hyundai i20), o finlandês Jari-Mati Latvala (Toyota Yaris) e o norte-irlandês Kris Meeke (Citroën C3), vencedor do rali em 2016, experimentavam a liderança, depois de Neuville e o norueguês Mads Ostberg (Ford Fiesta) terem repartido o tempo mais rápido na superespecial inaugural, em Lousada.

Ainda na sexta-feira, foi o estónio Ott Tänak a subir à liderança, beneficiando dos atrasos de Latvala (saída de estrada), Meeke (suspensão partida) e Paddon (problemas elétricos) na segunda passagem em Ponte de Lima, onde, anteriormente, tinham sido registados três vencedores da especial ‘ex aequo’ (Meeke, Tänak e o irlandês Craig Breen).

O despiste de Tänak na 12.º especial, em Amarante, entregou a liderança – e praticamente a vitória final – ao companheiro de equipa, que, com uma condução impecável e perante o conformismo de Neuville, praticamente só teve de controlar a vantagem nos últimos sete troços cronometrados.

O quarto e último dia homenageou o concelho de Fafe, onde milhares de espetadores presenciaram o domínio de Ogier, que ainda foi o mais rápido no troço de Luílhas, enquanto Paddon venceu na primeira passagem pelo troço da Lameirinha e em Montim e Tänak conquistou a ‘power stage’, à frente de Neuville.

“O inicio não foi perfeito, mas depois correu melhor. Estou moderadamente satisfeito”, resumiu Tänak, que terminou o rali no quarto lugar, a 1.30,2 minutos de Ogier, depois de o ter liderado.

Latvala, que caiu do segundo para o terceiro lugar do campeonato, a 40 pontos de Ogier, foi o principal afetado pela prova lusa, durante a qual se deparou com um estado febril e ainda sofreu um despiste.

“Foi bom. Há imensos adeptos aqui. Estou contente por chegar ao fim. Tive de lutar contra mim próprio. Está feito e podemos somar alguns pontos, o que é positivo”, rematou o vencedor da prova em 2015.

Miguel Campos (Skoda Fabia R5), com o 16.º lugar, a 20.41,2 minutos, foi o melhor português, enquanto o dinamarquês Pontus Tidemand (Skoda Fabia R5) venceu a competição de WRC2, a primeira obrigatória do ano, beneficiando do capotamento na derradeira especial do norueguês e companheiro de equipa Andreas Mikkelsen, que liderava com mais de três minutos de vantagem.

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