Miguel Oliveira considerou que "era difícil fazer melhor" em 2018, o último ano em Moto2 e que terminou com uma vitória no Grande Prémio de Valência, no domingo, e quer ser o melhor estreante em MotoGP.

Em declarações à agência Lusa, o piloto de Almada lembra que "já tinha lutado pelo título em 2015, mas de forma muito diferente", pois recuperou ao longo da época e não esteve em luta com o primeiro classificado durante todo o campeonato.

"A regularidade foi o ponto forte desta temporada, tanto meu como do meu adversário [o italiano Francesco Bagnaia]. O número de vitórias é que difere [oito vitórias contra três], pois ele foi mais forte em algumas corridas", sublinhou.

Oliveira considera que "pouco podia fazer" e que era "difícil pedir mais", pois foi o melhor da KTM em quase todas as corridas, à exceção de três.

"Esta temporada tinha tudo para correr mal, tendo em conta as posições [da grelha de partida] de onde saí, mas, ainda assim, consegui não baixar os braços e colocar as probabilidades do meu lado, com os arranques e as primeiras voltas [fortes]. Realmente, o segundo lugar foi o melhor que podia alcançar", disse.

As más qualificações foram o calcanhar de Aquiles do jovem luso, que ao longo das 19 corridas da época teve de recuperar 135 posições entre o lugar de partida e a posição final nas provas.

"Foi um fator piloto/mota. Em muitas das pistas em que me qualifiquei mal tínhamos alguns problemas com a mota e, quando isso acontecia, não conseguia retirar o máximo partido para uma volta rápida", explicou Oliveira, acrescentando: "O que me prejudicou mais foi o facto de não conseguir estar à vontade quando a mota não estava no sítio. Foi o que me fez qualificar pior".

Miguel Oliveira entende que a posição de partida "iria alterar muito pouco as contas do campeonato", que resultaram no segundo lugar.

Em 2019, Oliveira vai subir à categoria rainha do Mundial de Velocidade, a MotoGP. Os primeiros testes com a nova mota começam já esta terça-feira, em Valência e o objetivo passa por ganhar experiência, mas o piloto português não esconde a vontade de terminar o primeiro ano já a vencer.

"É difícil antever algum resultado. Existe o título de ‘rookie’ do ano e é nesse título que vou estar focado", revelou.

O português diz não conhecer a mota atual, pois apenas andou "meio dia com a mota antiga".

"Na terça-feira iremos verificar qual o nível de potencial [que tem]. Por vezes torna-se complicado desenvolver uma mota apenas com dois pilotos, assim como se torna difícil ver qual o verdadeiro potencial da mota. Existe uma curva de desenvolvimento que é acelerada quando vêm mais pilotos e isso acontecerá na próxima temporada. Haverá muita mais informação para ser recolhida", explicou.

Oliveira vê na "potência, travões e eletrónica" as principais diferenças para a KTM que utilizou em Moto2.

Miguel Oliveira chega à classe de MotoGP depois de oito anos nas categorias inferiores, em que conquistou 12 vitórias (seis em Moto3, em 2015, e seis em Moto2, três em 2017 e três em 2018) e subiu 34 vezes ao pódio, a última das quais no domingo, após vencer o GP de Valência de Moto2.

Valência acolhe os primeiros dois dias de testes, terça e quarta-feira. No final de novembro decorrem mais dois, a 28 e 29, em Jerez de la Frontera (Espanha). Segue-se a pausa de inverno, antes do reinício dos trabalhos no próximo ano, de 01 a 03 de fevereiro, em Sepang (Malásia), de 6 a 8 do mesmo mês (também na Malásia) e de 23 a 25 de fevereiro, em Losail (Qatar).

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