O diretor do Rali de Portugal, prova que arranca na sexta-feira no Algarve, está convicto de que a 47.ª edição será uma prova bem disputada, «ao nível do que de melhor se faz no Campeonato do Mundo».

«Esperamos que seja uma prova bem disputada, ao nível do que de melhor se faz no Campeonato do Mundo de ralis. O Rali de Portugal é hoje uma referência mundial, temos edições muito animadas do ponto de vista desportivo e, felizmente, muito bem organizadas», disse Pedro Almeida, em declarações à agência Lusa.

O dirigente justifica essa esperança com a realização no passado sábado do WRC Fafe Rally Sprint, que foi muito elogiado por pilotos e espetadores e constituiu desde já «um bom aperitivo».

A ausência do francês Sébastien Loeb, nove vezes campeão do Mundo, é lamentada por Pedro Almeida, embora tenha ressalvado que o piloto gaulês não foi tão dominador em Portugal como em outras provas do campeonato do Mundo.

«Admito que Sebastien Loeb esteve em nove temporadas ao mais alto nível, embora não tenha sido tão incisivo em Portugal, mas se a sua ausência, por um lado, é uma pena, por outro, permitirá um maior equilíbrio», destacou.

A entrada em cena da Volkswagen também mereceu destaque por parte de Pedro Almeida, que lembrou o atual domínio do francês Sébastien Ogier – venceu duas das três primeiras provas do campeonato, e que para o diretor da prova lusa tem tudo para ser o novo “xerife na cidade”, assumindo o papel do seu compatriota.

Em relação aos conjuntos portugueses presentes, Pedro Almeida lamentou o reduzido número: «Infelizmente, e um bocadinho fruto da situação económica do nosso país, e já não é deste ano, o número de equipas portuguesas presentes na prova nacional que conta para o Campeonato do Mundo não tem sido muito elevado. Este ano, por exemplo, temos apenas oito equipas portuguesas entre os 72 inscritos».

«No entanto, se o número não é muito elevado, a verdade é que algumas dessas equipas são de qualidade e podem ter um desempenho interessante, não digo de vitória, mas podem surpreender», acrescentou.

Pedro Almeida fez, no entanto, questão de frisar o número de equipas estrangeiras inscritas, referindo que o facto de haver 64 equipas inscritas, “deixa perceber o impacto que o rali tem a nível do Campeonato do Mundo e do interesse que ele tem”.

Para Pedro Almeida, «isto tem a ver com o facto de a prova se realizar em Portugal, de ser um rali compacto, económico e interessante para as equipas».

A eventual mudança do rali para as zonas norte e centro do país foi também abordada.

«A questão da mudança do rali não é nova. Ao ACP, enquanto entidade responsável pela organização e promoção do Rali de Portugal, compete-lhe encontrar as melhores condições para que a prova permaneça em lugar de destaque», referiu.

Pedro Almeida adiantou ser “normal que a direção do ACP desenvolva contactos com as mais diversas entidades no sentido de garantir as melhores condições para o sucesso futuro do rali”.

«Nesta altura, existe um `lobby´ muito forte para que o rali regresse às zonas norte e centro do país. Aparentemente não é uma decisão que esteja completamente fechada, mas julgo que quer o Algarve quer o Baixo Alentejo, onde decorre a prova desde 2005, têm uma palavra a dizer e, se de facto há empenho destas regiões em terem o rali, é óbvio que têm uma palavra a dizer», frisou.

A justificar o interesse que a prova pode ter para as regiões onde decorre, Pedro Almeida recordou o estudo anual que a Universidade do Algarve realiza sobre o impacto que a prova tem.

«Como exemplo, o impacto da última edição da prova foi avaliado em praticamente 100 milhões de euros, dos quais 55 milhões foram em despesa direta feita pelas equipas e pelos espetadores na zona onde a prova decorreu», disse.

A 47.ª edição do Rali de Portugal arranca na sexta-feira no Algarve, decorrendo até domingo.

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