O espanhol Dani Pedrosa (Honda) alcançou hoje a sua primeira vitória da temporada, ao ganhar o Grande Prémio do Japão de MotoGP, no circuito de Motegi, onde o italiano Valentino Rossi (Yamaha), segundo, reforçou a liderança do Mundial.

Enquanto Pedrosa conquistava o 50.º triunfo da sua carreira, mais de um ano depois da última vitória (República Checa, em agosto de 2014), Rossi ganhava mais uma batalha ao seu principal adversário na corrida ao título de campeão, o espanhol Jorge Lorenzo, seu companheiro de equipa, que completou o pódio.

O italiano de 36 anos, em busca do seu oitavo título na categoria rainha, ganhou quatro pontos em relação a Lorenzo e lidera o campeonato com uma vantagem de 18 (283 contra 265), a três provas do final, a próxima das quais é o Grande Prémio da Austrália, dentro de uma semana.

Numa pista totalmente molhada, Rossi foi o primeiro a mostrar as suas intenções, chegando à primeira curva na frente, mas Lorenzo, que largou da ‘pole-position’, respondeu na curva seguinte para tomar a liderança e ganhar um avanço que chegou aos quatro segundos na sexta volta.

Largando do sexto lugar, Pedrosa, que já tinha vencido quatro vezes em Motegi, incluindo duas em MotoGP, era quarto após a primeira volta, mas as Honda, nomeadamente a do espanhol Marc Márquez, bicampeão, não pareciam capazes de rivalizar com as Yamaha e nem mesmo com a Ducati do italiano Andrea Dovizioso.

Mas à medida que a pista foi secando, os pilotos que melhor tinham gerido o desgaste dos pneus de chuva tiraram benefícios na segunda metade da corrida. Pedrosa ultrapassou Rossi na 16.ª das 24 voltas da corrida e só precisou de mais duas para desalojar Lorenzo do comando.

“A chave hoje foi um pouco a chuva e sobretudo a atitude, no sentido de aproveitar a oportunidade, já em que piso seco era praticamente impossível ganhar a Lorenzo ou a Rossi”, afirmou o catalão, campeão do mundo em 2003, 2004 e 2005.

Lorenzo ainda aguentou duas voltas atrás de Pedrosa, mas a degradação dos pneus não lhe permitiu segurar Rossi na sua traseira, vendo-se obrigado a ceder passagem ao italiano, depois de um erro de pilotagem que quase lhe valeu uma saída de pista e que não lhe custou a terceira posição porque Marc Márquez, quarto, vinha longe.

“Que pena. Ao atacar nas primeiras voltas, degradei o meu capital de pneus. Só me resta ganhar as três últimas provas", reconheceu Lorenzo, cujo destino não depende só de si. Mesmo que vença as três corridas finais (Austrália, Malásia e Comunidade Valenciana), Rossi será campeão se for segundo em todas.

Em Moto2, o francês Johann Zarco (Kalex), já com o título assegurado, somou a sétima vitória da temporada, batendo os alemães Jonas Folger e Sandro Cortese, também em Kalex, numa corrida reduzida a 15 voltas, em vez das 23 previstas, devido ao mau tempo.

Campeão do Mundo desde sexta-feira, devido ao abandono do seu único rival na luta pelo título, o espanhol Esteve Rabat, que se lesionou, Zarco estabeleceu o objetivo de ganhar as últimas quatro provas, cumprindo a primeira parte em Motegi.

Igualmente encurtada, para 13 voltas, a prova de Moto3 foi ganha pelo italiano Niccolò Antonelli (Honda), enquanto o português Miguel Oliveira (KTM) foi segundo e o espanhol Jorge Navarro (Honda) terminou em terceiro.

Com este resultado e com três provas por disputar, o piloto de Almada passou a somar 179 pontos e ficou somente nove do segundo classificado do Mundial, o italiano Enea Bastianini (Honda), que foi sétimo. O britânico Danny Kent (Honda), sexto na corrida, continua a liderar, somando 244 pontos.