O britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris), que ocupa o terceiro lugar no Mundial de Ralis (WRC), disse hoje que está ansioso pela 54.ª edição do Rali de Portugal e pelo regresso às provas de gravilha.
“Estou ansioso pela prova portuguesa e pelo primeiro rali na gravilha esta temporada. Temos provas muitos diferentes uma das outras para começar a temporada”, destacou Evans, na antevisão da prova portuguesa, que vai ser disputada entre sexta-feira e domingo.
O terceiro classificado do Mundial, com menos 10 pontos do que o líder Sébastien Ogier, também da Toyota, destacou que já passou algum tempo desde o último rali na gravilha (na Sardenha, em 2020) o que torna difícil “prever como o fim de semana será”.
O britânico, de 32 anos, abordou ainda o novo motor que terá à disposição na prova portuguesa, explicando que “não resulta numa grande mudança” mas que é “um passo positivo na direção certa”.
“Todas as melhorias são marginais. Mas a equipa está sempre à procura de atualizações e a esforçarem-se para dar o melhor”, salientou o piloto que esta temporada já terminou duas vezes em segundo lugar (Monte Carlo e Croácia).
Já o finlandês Kalle Rovanperä, também da Toyota, assumiu estar animado com o Rali de Portugal, embora admitindo dificuldades em estabelecer metas para o regresso à gravilha e por ser a primeira vez na categoria principal em Portugal.
“Ajuda sempre o facto de já ter estado nesta prova, embora não seja na mesma classe. As notas não são necessariamente as mesmas e por isso tiveram todas de ser refeitas, o que implica um grande trabalho”, contou.
O piloto de 20 anos, que esta temporada já alcançou o segundo lugar na Finlândia, mas que abandonou na última prova na Croácia, pretende ter “um fim de semana limpo”.
“Após zero pontos temos de fazer um ‘reset’ e tentar ter uma corrida limpa. Não é a melhor altura para dar tudo por uma vitória, mas vou tentar como sempre ser o mais rápido possível e tentar ficar na melhor posição”, garantiu o piloto que é o quinto classificado do Mundial de ralis.
A prova do Automóvel Club de Portugal (ACP) é a quarta de 12 rondas do campeonato do mundo, com um total de 346,26 quilómetros cronometrados divididos por 21 especiais a percorrer ao longo de três dias de prova, de sexta-feira a domingo, no centro e norte do país.
Depois do cancelamento da edição de 2020 devido à pandemia de covid-19, o Rali de Portugal regressa ao centro do país, com sete troços naquela região. Lousã, Góis e Arganil recebem duas passagens de cada concorrente, ficando Mortágua com uma passagem antes da superespecial em Lousada encerrar o dia, com um total de 122,88 quilómetros.
No sábado, os concorrentes enfrentam o dia mais longo, com 165,16 quilómetros divididos por sete especiais, incluindo uma superespecial de 3,30 quilómetros traçada na Foz do Douro, com os participantes a partirem aos pares.
As restantes são desenhadas entre Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto e Amarante, o troço mais longo do rali, com 37,92 quilómetros de extensão.
Para domingo, estão reservados mais seis troços, terminando com a 'Power Stage' de Fafe. Pelo meio, os pilotos têm de percorrer ainda os troços de Felgueiras e Montim.
Este ano, as autoridades de saúde permitiram a presença de público nos troços, mas nos locais devidamente assinalados e em respeito pelas regras de segurança sanitária, como o distanciamento entre grupos, o uso de máscara e a lavagem frequente das mãos.
Ogier chega a esta ronda com a liderança do campeonato, com 61 pontos, após dois triunfos nas três rondas já disputadas (Monte Carlo e Croácia) e um ponto somado na Finlândia depois de um despiste comprometer as aspirações a lutar pelos primeiros lugares.
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