O piloto português José Pedro Fontes assumiu-se “triste e um pouco frustrado” com o abandono precoce do Rali de Portugal, depois de a eletrónica do novo Citroën C3 R5 o ter ‘traído’ antes do início da prova.

"Triste e um pouco frustrado, mas acontece", referiu José Pedro Fontes, que tinha a ambição de terminar como melhor português.

Após a desistência forçada no ano passado, devido a um grave acidente que o afastou do resto da época, e o deixou de fora da corrida pelo tricampeonato, a sorte voltou a não acompanhar o piloto portuense, que nem sequer conseguiu partir para superespecial de Lousada.

"Sabíamos o risco que corríamos ao alinhar com um carro que ainda está em desenvolvimento e sem ser a versão final para os clientes", disse o piloto português à Lusa, após o problema de eletrónica que impediu que o motor funcionasse ainda no parque fechado em Guimarães.

O Rai de Portugal é apenas a segunda prova, e a primeiro em terra, em que a marca francesa apresenta esta versão R5 do modelo C3, com que vai substituir o anterior modelo DS3.

"Há apenas três carros nesta altura em competição e nós sabíamos que haveria sempre riscos em alinhar com este modelo, mas a vontade era imensa e fizemos um grande esforço para ter o C3 já neste rali", adiantou o piloto, que não escondeu "alguma tristeza e frustração" pela desistência.

Fontes encarou este abandono com a normalidade de “quem anda no desporto automóvel”, apesar do relevo desta prova: “Ainda por cima num rali que para nós é especial, até por ser no Porto", lamentou.

Sem se apresentar à partida para o rali em Lousada, na quinta-feira, seguindo o regulamento, José Pedro Fontes ficou impossibilitado de alinhar hoje em modo Rali2 e ficou também ‘em branco’ nas contas do Campeonato Nacional.

Para o resto da temporada, o piloto portuense está convicto de que, "ultrapassados os problemas de juventude do C3", vai ter condições de "lutar por vitórias pois o carro tem grande potencial”.

José Pedro Fontes mantém a ambição de recuperar o título nacional de ralis perdido em 2017 para Carlos Vieira.

Para o Nacional de ralis contam as 12 primeiras classificativas do Rali de Portugal, sexta prova do Mundial, ou seja, até ao final da secção da manhã de sábado, num total de 229,34 quilómetros cronometrados.

Ricardo Moura e Carlos Vieira, campeão em título, ocupam os primeiro e segundo lugares do Nacional, mas estão ausentes do Rali de Portugal, que decorre até domingo.