A Rally Cup Ibérica vai ter 15 pilotos na lista de participantes da edição deste ano do Rali de Portugal, confirmou à Agência Lusa a organização do troféu monomarca.

O troféu da Peugeot, que se realiza pelo segundo ano consecutivo, em Portugal e Espanha, tem vindo a crescer em número de inscritos, servindo como uma montra para jovens talentos da modalidade.

"As inscrições no troféu continuam a surpreender-nos. Este ano já tivemos 23 carros na primeira prova, e agora no Rali de Portugal, porque nem todos podem participar, teremos 15, o que é um número assinalável", disse José Pedro Fontes, um dos organizadores e responsável pela logística deste troféu da marca francesa.

A Peugeot Rally Cup Ibérica tem um calendário de seis provas - três em Portugal e três em Espanha - com destaque para os ralis de Portugal e da Catalunha, duas das provas do calendário do mundial 2019.

"Temos o objetivo de ser uma rampa de lançamento para os pilotos e para o desenvolvimento das suas carreiras. Todo o troféu foi pensado para que possam ter várias experiências, tanto em terra como no asfalto, e, sobretudo, participarem em duas provas de envergadura mundial, que é muito importante para o retorno e para a sua experiência", completou o José Pedro Fontes.

A maioria dos participantes do troféu são, em número semelhante, portugueses e espanhóis, mas a competição também já atraiu pilotos vindos de Inglaterra e da Estónia.

"Creio que estamos a formar a melhor geração de jovens pilotos ibéricos, usando um carro muito competitivo, que por várias vezes é vencedor quando em confronto com outras marcas. Além disso, damos um grande contributo à modalidade, pois em algumas provas a nossa participação representa 40% da lista inscritos total", completou o organizador.

José Pedro Fontes, campeão nacional de ralis em 2015 e 2016, reconheceu que a participação neste troféu implica algum investimento dos pilotos e das equipas, apesar de não ser um “patamar de entrada nos ralis", vincando que os prémios atribuídos "podem dar uma grande ajuda à viabilidade dos projetos".

"Distribuímos, ao logo das seis provas, 120 mil euros em prémios. Queremos com isso reconhecer o mérito dos pilotos e das equipas e, ao mesmo tempo, ajudar a que estes projetos possam ser um pouco mais sustentáveis, mesmo sendo um desporto que precisa sempre de financiamento e apoios externos para subsistir", lembrou José Pedro Fontes.

Ainda assim, o mérito desportivo nem sempre tem condizente apoio por parte de marcas e empresas patrocinadoras, tal como aconteceu com o piloto português Diogo Gago, vice-campeão da edição 2018 da Peugeot Rally Cup Ibérica, mas que este ano não conseguiu dar continuidade ao projeto.

"Vim de um ano de 2018 com grandes êxitos, mas para esta edição não consegui suportar todos os custos. Temos neste troféu pilotos de grande qualidade, mas infelizmente não tantas empresas que estejam disponíveis para apoiar", desabafou o piloto de 27 anos.

Mesmo com esta pausa "no sonho de uma carreira no automobilismo", Diogo Gago não hesitou em afirmar que projetos como este da marca francesa são essenciais para revelarem o talento dos pilotos nacionais.

"É um troféu que fazia falta, pois com um custo controlado dá acesso a um carro muito competitivo, que para andar no limite não está ao alcance de todos. Com um pouco mais de apoio das empresas, estou certo que muitos dos pilotos portugueses que por aqui passam vão dar que falar", apontou.

Seja o melhor treinador de bancada!

Subscreva a newsletter do SAPO Desporto.

Vão vir "charters" de notificações.

Ative as notificações do SAPO Desporto.

Não fique fora de jogo!

Siga o SAPO Desporto nas redes sociais. Use a #SAPOdesporto nas suas publicações.