Os municípios da região Centro que recebem o Rali de Portugal de 2019 destacaram hoje os impactos económicos diretos e indiretos do evento e a projeção turística dos concelhos abrangidos.

O Rali de Portugal de 2019 vai regressar à zona Centro do país, mais concretamente ao distrito de Coimbra, com a partida em Coimbra e passagens por Lousã, Góis e Arganil, anunciou na segunda-feira o organizador Automóvel Club de Portugal (ACP).

"Era uma velha aspiração de Coimbra, das terras vizinhas e de toda a região. Esta é uma oportunidade para mostramos o que temos de bom e de belo e de amplificarmos a mensagem de que o Centro de Portugal merece ser visitado, conhecido e usufruído", disse Manuel Machado, presidente do município de Coimbra, onde decorreu ao final da manhã de hoje uma segunda apresentação da prova.

O presidente de Arganil, Luís Paulo Costa, salientou que "a projeção de um evento com estas características dá a estes concelhos do interior muito para além do calendário da prova".

Para o presidente daquele município, que já foi apelidado de "santuário" do Rali de Portugal, "a promoção e o retorno em termos de mediatização do concelho e da região fica para o futuro".

"Há 18 anos que esperávamos por este momento", disse Luís Paulo Costa, que deixou a ideia de que o comportamento do público se alterou e hoje existe uma cultura de segurança.

Alinhando pelo mesmo diapasão, a presidente de Góis, Lurdes Castanheira, mostrou vontade de começar já a programar as próximas edições.

"Devolver à beira serra, a este território do Centro, este grande evento, é uma aposta e uma mais-valia para a região. Se queremos um território mais equilibrado, temos de criar estas oportunidades", frisou.

Habituado a receber grandes desportos de natureza, o presidente do município da Lousã salientou que o regresso do Rali de Portugal à região Centro "é muito importante".

Segundo Luís Antunes, o evento para o município da Lousã é "claramente um momento de afirmação do concelho como destino de eleição para os desportos de aventura", pelo que a autarquia vai organizar um programa de animação para os visitantes.

Também o presidente da Entidade de Turismo do Centro, Pedro Machado, salientou o impacto direto imediato do evento no que diz respeito à capacidade de atrair visitantes nacionais e estrangeiros, motivando que, nalguns concelhos, as unidades hoteleiras já estejam esgotadas.

Além disso, acrescentou, existe um "impacto indireto que tem a ver com a notoriedade e capacidade da região de se projetar para além do evento ao longo do ano e mesmo nos anos vindouros", contribuindo para reduzir assimetrias nacionais.

O programa do Rali conta com um percurso de 1.463,55 quilómetros, dos quais 311,59 cronometrados ao longo de 20 especiais de classificação. O ‘shakedown' tem lugar a 30 de maio no circuito de Baltar, em Paredes, seguindo-se a partida da Porta Férrea da Universidade de Coimbra.

Para dia 31, estão previstas passagens por Coimbra, Lousã, Góis, Arganil e Lousada. No dia seguinte (01 de junho), o Rali está já plenamente instalado no Norte, com especiais em Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto, Amarante e Vila Nova de Gaia. Por fim, a 02 de junho, Montim, Fafe e Luílhas acolhem as derradeiras etapas, antes da consagração dos vencedores em Matosinhos.

A 53.ª edição do Rali de Portugal, sétima etapa do Campeonato do Mundo de Ralis (WRC), decorre entre 30 de maio e 02 de junho.