Sébastien Ogier (Ford Fiesta) sagrou-se hoje campeão mundial de ralis pela sexta vez consecutiva na sua carreira ao terminar a última prova do campeonato, o rali da Austrália, na quinta posição, enquanto a Toyota conquistou o quarto título nos construtores.
Ogier soube que era campeão ainda antes de terminar o rali australiano depois de os dois adversários no campeonato terem desistido antes do final da prova, ganha pelo finlandês Jari-Matti Latvala (Toyota Yaris), que assim deu o título de construtores à marca nipónica.
O belga Thierry Neuville (Hyundai i20) bateu numa árvore na penúltima especial enquanto o estónio Ott Tanak (Toyota Yaris) bateu noutra no troço seguinte, entregando, assim, o título a Sébastien Ogier.
"Tem sido uma época incrível, de altos e baixos. Ainda há pouco tempo pensávamos que seria difícil conseguir este campeonato. Juntamente com a M-Sport conseguimos algo muito especial nestes dois anos. Quero deixar uma mensagem especial para o meu verdadeiro patrão, a minha mulher. Mal posso esperar por voltar a casa e festejar com ela e o meu filho", disse um emocionado Ogier mal cruzou a meta do último troço.
O piloto francês ainda venceu a derradeira especial, a 'power stage', o que lhe deu cinco pontos extra no campeonato, que já não fizeram diferença. Terminou o ano com 219, contra os 201 de Thierry Neuville e os 181 de Ott Tanak, que já tinha cometido um erro no segundo troço deste último dia do evento que lhe custara a liderança, depois de perder 20 segundos com uma saída de estrada.
"Fui em frente, bati numa árvore e perdi a direção e não pude continuar. É triste", comentou o estónio, que ainda acalentava o sonho do título, apesar da desvantagem de 20 pontos à partida do rali da Austrália.
Já o belga bateu duas vezes e acabou mesmo fora de prova. "Foram dois toques. No primeiro saí largo e bati numa árvore. Fiquei perturbado, arranquei sem conseguir ver bem com a lama e bati logo a seguir outra vez. Agora vamos concentrar-nos no que vem a seguir. Sabíamos que só um seria campeão e que dois iriam desapontados para casa", concluiu o piloto da Hynday, que liderou o campeonato em seis das 13 corridas da temporada.
Sébastien Ogier é o segundo piloto com mais títulos na história do campeonato, apenas atrás do compatriota Sébastien Loeb, que conquistou nove consecutivos entre 2004 e 2012 pela Citroën.
Foi a primeira vez que o piloto de 34 anos assegurou o campeonato na última prova da temporada, depois de ter dominado as cinco épocas anteriores.
A chuva, que ameaçou durante os dias anteriores, apareceu em força na última jornada e baralhou as contas de alguns candidatos, deixando os pisos escorregadios.
Quem não se atrapalhou foi Jari-Matti Latvala. O finlandês não cometeu erros e assegurou o 18.º triunfo da sua carreira, que lhe escapava desde a prova da Suécia de 2017.
"Passou muito tempo desde o último triunfo. Não parecia possível, mas de manhã as coisas mudaram. É uma vitória muito especial, porque deu o título no mundial de construtores", comentou o finlandês, que terminou a prova com o tempo de 2:59.52 horas, deixando o segundo classificado, o britânico Hayden Paddon (Hyundai i20), a 32,5 segundos e o norueguês Mads Ostberg (Citroën C3) a 52,2 segundos.
Depois de quatro títulos como piloto (entre 1996 e 1999), o finlandês Tommi Makkinen conseguiu dar à Toyota o quarto troféu de construtores, agora como diretor da equipa oficial, terminando com 368 pontos contra os 341 da Hyundai e os 324 da M-Sport/Ford.
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