O presidente do Turismo do Porto e Norte disse hoje não acreditar que, face a "todos os resultados" do Rali de Portugal, o Governo "vire as costas" à região, deslocalizando a prova para outra zona do país.
"Os resultados não mostram que o Governo possa virar as costas à região norte e transportá-lo [Rali de Portugal] para outra região", declarou Melchior Moreira, a propósito de não estar ainda garantido o financiamento da prova para a edição de 2019.
O líder da entidade regional de turismo destacou aos jornalistas: "Os problemas do país são iguais para todas as pessoas, as dificuldades de financiamento são para todas as regiões e, portanto, não acredito nessa possibilidade".
Falando em Amarante, onde hoje assistiu à apresentação de um plano estratégico para o turismo naquele concelho, Melchior Moreira referiu que vai reunir-se na segunda-feira com o presidente do Turismo de Portugal para tratar do financiamento daquela competição do mundial de ralis.
A propósito, insistiu: "Este rali chama-se rali de Portugal, ele realiza-se no norte de Portugal, mas não se chama rali Porto e Norte, nem se chama rali Norte de Portugal, é Rali de Portugal. Se há dificuldade de financiamento por parte do Estado a um evento destes, o problema de financiamento não se põe só em relação ao Porto e Norte, tem que se pôr em todas as regiões do país".
Acentuando que, como presidente da entidade regional de turismo, tudo fará para que o rali se mantenha no Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira apelou à tutela para que não se repita o "calvário de mendigar" junto do Governo os apoios financeiros para organização da prova que disse ser o evento turístico e desportivo com mais retorno mediático e económico em Portugal.
"Um evento que tem, em termos de investimento público, cerca de três milhões de euros e teve, no último ano, um retorno de 137 milhões de euros, penso que não há qualquer dúvida em apoiar um evento destes", acentuou.
O presidente do Turismo do Porto e Norte sublinhou depois que, ano após ano, os resultados económicos do rali têm crescido e que, na edição de 2018, numa amostra realizada até sábado, penúltimo dia da prova, antes ainda das classificativas de Fafe, que se disputaram no domingo, os resultados já apontavam para um aumento de 4,7% em termos de turistas, o que se vai, previu, repercutir positivamente em termos de receitas.
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