O nadador Diogo Ribeiro já tem o foco apontado para os Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, após um ano de 2022 repleto de conquistas e recordes batidos, que o tornaram num fenómeno na modalidade.

“A longo prazo, o meu objetivo passa pelos Jogos Olímpicos. Não quero ir lá só fazer uma participação, mas lutar por alguma coisa mais”, expressou, em entrevista à agência Lusa.

Aos 18 anos, o jovem atleta detém um recorde mundial na categoria de júnior, nos 50 metros mariposa, obtido nos Mundiais da categoria, em setembro, no Peru, local onde também arrecadou a medalha de ouro nas provas de 100 metros mariposa e de 50 metros livres.

Para além disso, Diogo Ribeiro também conta com medalhas internacionais em provas absolutas, como os Europeus de Roma – bronze nos 50 metros mariposa – e os Jogos do Mediterrâneo – com ouro nos 50 metros mariposa e prata nos 100 metros livres.

Uma ascensão meteórica para um jovem que, há ano e meio, sofreu um grave acidente de mota, que o fez pensar que “não conseguia voltar”. Nessa altura, não acreditaria se lhe dissessem o que sucederia, confidenciou, admitindo que o trajeto tem sido construído com muito trabalho e crença.

“Vou lá [a Paris2024] para fazer o meu melhor, como em todas as provas. Isso é o mais importante. Como será a primeira vez, é um pouco para aprender. Ainda tenho poucas competições com os mais velhos, por isso, desde que melhore os tempos e, acima de tudo, esteja contente, acho que é o mais importante”, lembrou, não querendo colocar, para já, alguma fasquia para o maior evento desportivo, faltando ainda um ano e meio.

Primeiro, é preciso garantir os mínimos, com tempos já obtidos em diversas ocasiões, mas que apenas a partir de 2023 serão contabilizados, tendo, antes de Paris2024, um objetivo por cumprir nos Mundiais absolutos, que serão realizados em Fukuoka, Japão.

“A curto prazo, melhorar os tempos, que é o que uma pessoa sempre quer, e fazer os mínimos para os Jogos Olímpicos. É o foco nesta altura, logo em março, na Madeira, no campeonato nacional. A médio prazo, temos o Mundial de Fukuoka, em julho. Gostava também de fazer uma final ou até algo mais, quem sabe”, apontou o atleta do Benfica.

O seu treinador, o brasileiro Alberto Silva, também conhecido como Albertinho, vê em Diogo Ribeiro “um nadador para estar em Paris e a um nível não só de fazer mínimos”, mas também sem se alongar sobre uma competição que ainda é apenas uma miragem.

“Entre março e julho, espero que ele já se coloque com os mínimos olímpicos e que já possamos dizer que está nos Jogos. Dependendo do que construir e evoluir de maneira psicológica, física e técnica, aí voltamos a conversar sobre as chances dele”, sublinhou à Lusa, após o final de um treino, nas piscinas do Centro de Alto Rendimento do Jamor.

No cargo de selecionador da Federação Portuguesa de Natação desde o verão de 2021, após largos anos a treinar a seleção brasileira, onde obteve duas medalhas olímpicas, Albertinho realçou que Diogo Ribeiro “não está pronto ainda” para se assumir como uma figura da natação e do desporto a nível internacional, mas confia no potencial do jovem.

“Quando chegarmos ao Mundial de Fukuoka, todas as inseguranças e problemas irão aparecer e espero que tenhamos construído, de novo, uma boa época, tanto dentro como fora de água. Está confiante do que treinou, tem bons resultados e tem saúde. É fundamental e o alicerce para ir moldando esses saltos no psicológico dele”, salientou.

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