Os nadadores portugueses procuram as últimas vagas nos Jogos Olímpicos Paris2024 nos Europeus aquáticos, com o diretor desportivo da Federação Portuguesa de Natação (FPN), José Machado, a acreditar em bons resultados em Belgrado.
De segunda-feira a domingo, dia em que fecham o prazo para a obtenção de mínimos para os Paris2024, quatro nadadores portugueses vão nadar na piscina do centro desportivo Milan Gale Muskatirovic, dos quais apenas Camila Rebelo já tem marca de qualificação, nos 200 metros costas.
Gabriel Lopes, que esteve em Tóquio2020, vai nadar os 200 metros estilos, com Francisca Martins a estar nos 200, 400 e 800 livres e Ana Pinho Rodrigues a disputar os 50 livres e os 100 bruços, além dos 50 bruços, que não é distância olímpica.
Em declarações à agência Lusa, José Machado diz que, “logo à partida, a ambição passa sempre por passar à fase seguinte da competição, portanto meias-finais e finais”.
“A expectativa é que os participantes da natação pura consigam esse objetivo de passar à fase da competição, participar nos meias-finais, e eventualmente nas finais, e aqueles que estiverem ainda dentro dos seus objetivos a obtenção de mínimos para os Jogos Olímpicos, com certeza que terão aqui uma oportunidade muito objetiva de conseguir lutar pelos lugares de pódio”, salientou.
José Machado considerou que, “em virtude de ser uma competição que já está muito próxima dos Jogos Olímpicos, houve claramente uma opção de alguns nadadores, não só os portugueses como de outras nacionalidades, em não competir para continuarem a preparação a visar os Jogos Olímpicos”.
“Daí que haja uma certa expectativa, embora não tenhamos ainda as listas de entrada, de que o nível deste Europeu possa estar mais acessível e daí podermos ser mais ambiciosos em termos de classificação”, assumiu.
Um dos nadadores que optou por não viajar para Belgrado foi Diogo Ribeiro, campeão mundial dos 50 e 100 metros bruços, que, por “opção técnica”, “estará a competir no mesmo período, mas não numa competição que exige uma semana de provas”.
“Basicamente, são 10 dias, praticamente, de treino que ficam alterados. Não digo que se percam, porque a competição também é importante em termos de preparação, mas ficam alterados e, portanto, visando essa participação nos Jogos, optou por não participar aqui”, referiu.
Com a preparação a correr dentro do esperado para os Jogos Olímpicos, com a exceção de uma lesão João Costa, que obrigou a uma intervenção cirúrgica, mas está a recuperar bem, José Machado acredita que a seleção de natação “possa aumentar”, até porque há a expectativa do apuramento da estafeta masculina de 4x100 metros estilos.
“Estou, de certa forma, confiante, porque vai haver estafetas que não vão conseguir cumprir os critérios que são exigidos para a participação, coisa que Portugal consegue fazer e talvez as 16 equipas apuradas não estejam em condições, e Portugal, como está no 17.º lugar, poderá ter aí uma via de entrada. Depois, os participantes, os restantes participantes, que não têm mínimo para os Jogos, são participantes que têm hipóteses de conseguir obter”, referiu.
Sobre os nadadores que ainda procuram mínimos, o responsável diz que têm de “fazer a aposta e estar no máximo da sua forma, porque senão o Europeu será a última prova importante da época”.
“E, apesar de o mais provável é nós termos uma delegação mais pequena do que nas últimas duas edições, a verdade é que, em termos de expectativas, talvez seja a participação em que nós temos expectativas mais elevadas em relação à participação da natação”, afiançou.
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