O presidente da Federação Portuguesa de Natação (FPN) acusou ontem o Governo de ignorar os clubes no Programa de Estabilização Económica e Social (PEES), limitando-se a enquadrá-los nos regimes aplicáveis a quaisquer outras empresas.
António José Silva falou na cerimónia de tomada de posse para seu terceiro e último mandato à frente do organismo, no Porto, e apelou para que o Governo siga o exemplo da Europa no sentido de “colmatar o severo impacto das medidas de contingência e controlo da pandemia de covid-19 no desporto”.
“A exemplo do que sucedeu nos restantes países europeus, onde o desporto é atendido e reconhecido com medidas concretas, extraordinárias e específicas de combate aos prejuízos, conforme diretivas europeias do Conselho, Parlamento e Comissão europeus, para mitigar o impacto da crise”, comparou António José Silva, citado em comunicado do organismo.
O presidente da FPN traçou ainda objetivos ambiciosos para o quadriénio, tais como chegar aos “200 mil praticantes”, fazendo da natação a atividade desportiva com “maiores valores de prática sistemática em Portugal”, e institucionalizar a “competência aquática como conteúdo curricular obrigatório no 1.º ciclo do ensino básico público e privado”.
Outra das prioridades assumidas pela atual direção, de acordo com a nota, será “promover uma política de cooperação com as restantes organizações desportivas com utilidade pública” no sentido de reforçar o “reconhecimento da importância educativa, social e económica do desporto”.
António José Silva, candidato único a presidente da FPN, foi eleito em 10 de outubro para um terceiro e último mandato à frente da instituição.
Eleito pela primeira vez em 2012, não poderá voltar a candidatar-se por limitação legal.
Além do atual presidente, transita para os recém-eleitos órgãos sociais praticamente toda a equipa diretiva que esteve no último quadriénio à frente da modalidade, que conta com mais de 120 mil nadadores federados em todo o país.
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