O chinês Sun Yang, tricampeão olímpico de natação, perdeu o último recurso contra a suspensão por violação das regras antidoping e está impedido de competir até maio de 2024, anunciou hoje o Supremo Tribunal Federal da Suíça.

O órgão de cúpula do sistema judicial suíço tinha anulado em dezembro de 2020 a suspensão inicial de oito anos imposta pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) a Sun Yang, por ter destruído amostras durante um controlo antidoping surpresa, realizado em dezembro de 2018.

O Supremo Tribunal Federal considerou ter existido “parcialidade de um árbitro do TAS” e forçou o órgão de justiça arbitral a decidir o caso com uma “composição diferente” de juízes, o que resultou numa pena substancialmente inferior, de quatro anos e três meses.

De acordo com a decisão ao recurso do nadador chinês, o TAS “não violou qualquer princípio fundamental, nem foi infringido o direito de Sun Yang ser ouvido”, mas o Supremo suíço assinalou que “não avaliou questões relacionadas com o mérito da defesa do atleta”.

O TAS deu como provado que Sun Yang, de 30 anos, destruiu com um martelo amostras de sangue e urina e não respeitou as credenciais de um agente de controlo antidoping.

Inicialmente, o nadador chinês, tricampeão olímpico e 11 vezes campeão mundial, foi punido apenas com uma advertência pela Federação Internacional de Natação (FINA), mas a Agência Mundial Antidopagem (AMA) recorreu do castigo para o TAS.

A decisão final do Supremo Tribunal Federal implica que o atleta, que ficou afastado dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 devido à suspensão, só poderá voltar a competir em maio de 2024, pouco antes do início dos Jogos de Paris.

Sun Yang, que manteve as medalhas de ouro conquistadas nos Mundiais de natação de Gwangju, em 2019, já depois do incidente, tinha enfrentado uma suspensão de três meses em 2014, por ter acusado uma substância que era considerada estimulante.

Yang, o primeiro campeão olímpico chinês de sempre na natação, conquistou medalhas de ouro nos 400 e 1.500 metros livres em Londres2012, e nos 200 metros livres no Rio2016, além de 11 títulos mundiais, em 2011, 2013, 2015 e 2017 e 2019.