A África do Sul, atual campeã do mundo de rugby em título, espera que a final do Campeonato do Mundo contra a Nova Zelândia, marcada para este sábado em Paris, seja uma verdadeira "batalha" onde as duas equipas vão procurar o quarto título da sua história.

Os 'Springboks' e os 'All Blacks' compartilham uma rivalidade sem paralelo rugby mundial, e chegam à final no 'Stade de France', principalmente graças às dramáticas vitórias nos quartos de final sobre a França e a Irlanda, respetivamente, ambas favoritas para chegar à fase seguinte da prova.

Após as equipas do hemisfério norte terem vencido os quatro grupos, esperava-se que a Taça Webb Ellis ficasse na Europa pela primeira vez desde a vitória de Inglaterra em 2003. Mas isso não aconteceu. Para além de França e Irlanda, o País de Gales também caiu, eliminado pela Argentina nos quartos de final- equipa que perdeu para a Nova Zelândia nas meias finais - enquanto que a Inglaterra perdeu para a África do Sul no jogo de acesso à grande final.

A África do Sul nunca perdeu uma final de um Mundial, tendo vencido as edições de 1995, 2007 e 2019; contudo o treinador Jacques Nienaber prevê uma final apertada, uma verdadeira "batalha".

"Os 23 foram selecionados porque achamos que eles podem nos levar a vencer o Campeonato do Mundo pelo segundo ano consecutivo. A Nova Zelândia tem sua maneira de jogar e nós temos a nossa. Isso não muda a forma como nos preparamos", disse o selecionador sul-africano.

Já o adjunto Mzwandile Stick realçou a importância da partida, não só no que toca à rivalidade com a Nova Zelândia, mas também para toda a comunidade sul-africana.

"É para isso que vivemos, é para as pessoas que sonham em estar na nossa posição nas comunidades da África do Sul. Os 'All Blacks' venceram a Copa do Mundo três vezes, nós vencemos três vezes, então este jogo é quase maior do que apenas uma final da Copa do Mundo", disse o treinador assistente Mzwandile Stick.

Já a Nova Zelândia venceu o Campeonato do Mundo em 1987, 2011 e 2015, tendo perdido na final de 1995 para os 'Springboks', naquele que foi um momento muito especial para o rugby sul-africano, especialmente devido ao apelo de Nelson Mandela, à medida que a África do Sul embarcava na sua árdua jornada para longe dos dias sombrios do 'apartheid'.

O técnico dos 'All Blacks', Ian Foster, afirmou que a final contará com duas equipas que já se conhecem muito bem.

"Todos nós nos lembramos da última final entre nós (em 1995), que foi épica, e espero que esta seja igual. Depois fazem-se as contas; temos três Mundiais cada um e alguém vai ganhar quatro, então é uma ocasião especial, não é?"